Tinca tinca

A tenca (nome científico: Tinca tinca) é um peixe de água doce da ordem Cypriniformes e da família Cyprinidae (ciprinídeos). É a única espécie do género Tinca. Embora excecionalmente possa chegar a viver 20 anos e pesar 3,5 e 4 kg, o tamanho médio da tenca é de 25 a 30 cm. O corpo é alargado e o pedúnculo caudal curto e alto. A coloração varia do esverdeado a pardo, dependendo do meio onde viva. A textura do tegumento é mais mucosa do que escamosa.

Tench
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Cypriniformes
Família: Cyprinidae
Subfamília: Tincinae
Jordan, 1878
Gênero: Tinca
Garsault, 1764[2]
Espécies:
T. tinca
Nome binomial
Tinca tinca
Sinónimos
  • Tinca aurea Gmelin, 1788
  • Cyprinus tinca Linnaeus, 1758
  • Cyprinus tincaauratus Bloch, 1782
  • Cyprinus zeelt Lacepède, 1803
  • Cyprinus tincaurea Shaw, 1804
  • Tinca vulgaris Fleming, 1828
  • Tinca chrysitis Fitzinger, 1832
  • Tinca italica Bonaparte, 1836
  • Tinca communis Swainson, 1839
  • Tinca limosa Koch, 1840
  • Tinca linnei Malm, 1877

Características

Habita o fundo de águas pouco movimentadas temperadas, de preferência em charcos e albufeiras, mas também se pode encontrar em zonas de com alguma corrente, como rios, apesar de que evitar os locais de corrente forte. É pouco gregário, podendo viver em pequenos grupos ou solitariamente.

É uma espécie omnívora, que se alimenta sobretudo de insetos aquáticos, moluscos bilvalves e gastrópodes. Não tem estômago, estando a boca diretamente ligada ao intestino, o qual mede aproximadamente 1,2 vezes mais do que o comprimento do corpo. É um peixe muito musculado, com uma grande brabatana caudal, que indica uma grande agilidade natatória.

Requer muita vegetação nas margens, que usa para se abrigar. Tem uma grande tolerância à baixa qualidade da água, nomeadamente a baixa oxigenação, o que a torna uma espécie muito apta para a criação em tanques.

A tenca apresenta dimorfismo sexual — as barbatanas peitorais dos machos teem os raios mais grossos que os da fêmea e engrossam no ponto de inserção da barbatana.

É um peixe muito comum, que se distribue pela maior parte da Europa. Embora a sua origem seja europeia, a sua popularidade para pesca desportiva provocou a sua introdução em cursos de água da Austrália, Nova Zelândia, África, América do Norte, sudeste asiático e, mais recentemente, Brasil.

Aquacultura

É uma espécie muito interessante para aquacultura — segundo a Organização de Produtores Piscicultores, a produção europeia do ano 2000 alcançou quase 1 500 toneladas, correspondendo 70,4% (700 t) à França, 16,1% (160 t) à Espanha e 12% à Alemanha (116 t).

A criação de tencas é praticada em Espanha desde a Idade Média e ainda há locais onde os métodos de criação são os mesmos desde há três séculos. É um peixe muito popular na generalidade dos mercados europeus, mas principalmente na região espanhola da Estremadura. Há referências históricas sobre a predileção por tencas de Carlos V (século XVI) .

Referências

  1. Freyhof, J.; Kottelat, M. (2008). «Tinca tinca». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2008: e.T21912A9339248. doi:10.2305/IUCN.UK.2008.RLTS.T21912A9339248.enAcessível livremente. Consultado em 19 de novembro de 2021
  2. Eschmeyer, William N.; Fricke, Ron; van der Laan, Richard (eds.). Catalog of Fishes. California Academy of Sciences http://researcharchive.calacademy.org/research/ichthyology/catalog/fishcatget.asp?tbl=genus&family=Tinca. Consultado em 27 de novembro de 2020 Em falta ou vazio |título= (ajuda)

Notas e fontes

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Tinca tinca», especificamente desta versão.
  • «El cultivo de la tenca en España». www.mispeces.com (em espanhol). InterAqua C.B. 2002. Consultado em 19 de outubro de 2010. Arquivado do original em 10 de abril de 2008
  • Andreu, A. (2003). Diversidad animal: fichas para el reconocimiento de especies (em espanhol). [S.l.]: Diego Marín Librero Editor. ISBN 84-95095-15-7
  • MacMahon, A. F. Magri (1946). Fishlore (em inglês). [S.l.]: Pelican Books. pp. 156–158
  • Ed. Froese, Rainer; Pauly, Daniel. «Tinca tinca (Linnaeus, 1758)». www.fishbase.org (em inglês). FishBase. Consultado em 19 de outubro de 2010. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2010
  • «Tinca tinca». www.cbif.gc.ca (em francês). Système d'Information Taxonomique Intégré (SITI). Consultado em 19 de outubro de 2010[ligação inativa]
  • Freyhof, J. & Kottelat, M. (2010). Tinca tinca (em inglês). IUCN . Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. '. Página visitada em 2010-10-19..
  • «Tinca tinca (Linnaeus, 1758)». doris.ffessm.fr (em francês). DORIS - Données d'Observations pour la Reconnaissance et l’Identification de la faune et de la flore Subaquatiques. Consultado em 19 de outubro de 2010
  • «Tinca tinca». www.ncbi.nlm.nih.gov (em inglês). NCBI National Center for Biotechnology Information. Consultado em 19 de outubro de 2010
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