Vanerão
Vanerão é um estilo de dança típica do Rio Grande do Sul, também muito presente e mantido como tradição em especial no Paraná, além de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Assim como a vanera e a vanerinha, nasceu de origem alemã e se desenvolveu no Sul do Brasil. Seu ritmo foi influenciado pela habanera, originada em Havana, Cuba, da mesma forma que vários outros encontrados nos países hispano-americanos, como o tango, o samba canção e o maxixe.[1][2]
| Vanerão | |
|---|---|
| Origens estilísticas | Habanera |
| Contexto cultural | século XX, Rio Grande do Sul |
| Instrumentos típicos | Pandeiro, Acordeão e Voz |
| Popularidade | Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso |
| Formas derivadas | Vanera, vanerinha, forronerão, sambanerão |
| Subgêneros | |
| Vanera e vanerinha | |
| Gêneros de fusão | |
| forronerão e sambanerão | |
| Formas regionais | |
| estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil | |
| Outros tópicos | |
| Centro de Tradições Gaúchas, Rodeio, Música nativista, Tradicionalismo gaúcho | |
De acordo com o andamento da música, têm-se as variantes vanerinha, para ritmo lento, vanera, para ritmo moderado, e vanerão, para ritmo mais rápido.[1][2]
Ao lado do xote, do bugio e do fandango, tornou-se uma das danças mais populares do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.[2] Foi levada também a Mato Grosso do Sul e Mato Grosso pelos gaúchos que para lá partiram em busca de novas fronteiras agrícolas no século XX. Hoje pode-se encontrar grupos famosos responsáveis pelo ritmo na região centro-oeste.[2]
Se popularizou também na região Nordeste do Brasil, no final dos Anos 90[3], até a metade dos Anos 2000, quando Gaúcho da Fronteira e Brasas do Forró fundiram o vanerão com o forró, criando o forronerão. Tal parceria resultou na gravação do álbum "Forronerão Ao Vivo".[4]
Dentre os artistas que se destaca no estilo estão Porca Véia, Gaúcho da Fronteira Tchê Garotos, Tchê Barbaridade, Garotos de Ouro, Baitaca, Sandro Coelho, Chiquito e Bordoneio
O vanerão também conhecido como limpa-banco, tendo o andamento mais rápido do que a vanera, prestando-se ao virtuosismo do gaiteiro de gaita piano ou botonera (voz trocada), sendo assim muitas vezes um tema instrumental. Quanto à forma musical, o vanerão pode ser construído em três partes (rondó), utilizado em ritmos tradicionais brasileiros como o choro e a valsa. Quando cantado, dependendo do andamento e da divisão rítmica da melodia, exige boa e rápida dicção por parte dos intérpretes.
O vanerão com sua vivacidade exige bastante energia, tanto dos músicos, como dos bailadores. Os passos do vanerão devem ser executados em quatro movimentos: dois passos para a esquerda e dois para direita. Na dança as pessoas usam roupas originárias da Europa e Oriente Médio.[2]
Referências
- Gabriel, Cardoso (14 de setembro de 2012). «Entre no ritmo e aprenda em vídeo a dançar vanerão, dança típica do RS». G1 Rio Grande do Sul. Consultado em 8 de junho de 2018. Cópia arquivada em 8 de junho de 2018
- O Fato Novo (14 de fevereiro de 2014). «Qual a origem do Vanerão?». Consultado em 12 de junho de 2018. Cópia arquivada em 12 de junho de 2018
- Braga, Robson. «Interações entre o tradicional e o massivo: em busca das matrizes regionais do forró eletrônico» (PDF). Consultado em 11 de maio de 2020
- CD FORRONERÃO AO VIVO - GAÚCHO DA FRONTEIRA & BRASAS DO FORRÓ, consultado em 11 de maio de 2020