Amapá (canhoneira fluvial)
A Canhoneira Fluvial Amapá foi um dos quatro navios de guerra tipo canhoneira da Classe Acre/Melik da Marinha do Brasil que fizeram parte da Flotilha do Amazonas.
| Canhoneira Fluvial Amapá | |
|---|---|
![]() Amapá (canhoneira fluvial) | |
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| Operador | |
| Fabricante | Yarrow & Company |
| Homônimo | Território Federal do Amapá |
| Data de encomenda | 1904 |
| Comissionamento | 1906 |
| Estado | Retirada em 12 de fevereiro de 1917 |
| Características gerais | |
| Tipo de navio | Canhoneira fluvial |
| Classe | Classe Acre/Melik |
| Deslocamento | 110 t (243 000 lb), 200 t (441 000 lb) |
| Comprimento | 36,3 m (119 ft) |
| Boca | 6,6 m (21,7 ft) |
| Pontal | 1,70 m (5,58 ft) |
| Calado | 0,85 m (2,79 ft) |
| Propulsão | 1 x caldeira VTE 1 Yarrow |
| - | 300 cv (221 kW) |
| Velocidade | 6 kn (11,1 km/h) (cruzeiro), 11 kn (20,4 km/h) (máxima) |
| Autonomia | 6 200 m.n. (11 500 km) |
| Armamento | Um morteiro Ho Witzer de 87 mm (3,4 in) Dois morteiros de 57 mm (2,2 in) Seis metralhadoras Maxim de 7 mm (0,28 in)[1] |
| Tripulação | 30 homens |
| Notas | |
| Combustível: 22 t (48 500 lb) de carvão e 6 mil achas de lenha. | |
Origem do nome
Esta foi a primeira embarcação da Marinha brasileira a utilizar este nome e homenageia o Território Federal do Amapá, e ao rio e lago dos mesmo nomes localizados no Pará.[3]
Tipo de embarcação
Canhoneira é uma embarcação de pequeno calado, equipado com artilharia grossa e geralmente usado para operações fluviais ou nas águas costeiras.[4]
Características
A embarcação foi construída com ferro de 5 mm de espessura e o fundo do casco chato. Tinha nove compartimentos estanques, uma chaminé e dois mastros, um a vante de madeira com mastaréu e verga utilizado para sinalizações e outro de ferro à ré com cesto de gávea para observação de tiro e sinais. Dois hélices propulsionavam o barco tendo cada um deles quatro pás. O seu sistema de direção contava com três lemes paralelos que eram manobrados utilizando a de máquina a vapor da torre de combate. As seis carvoeiras com capacidade para 40 t, estavam posicionadas distribuídas em ambos os bordos, servindo também como proteção do paiol de artilharia e das caldeiras.[1]
História
Foi encomendada em 1904, sendo o Ministro da Marinha o Almirante Júlio César de Noronha na presidência de Rodrigues Alves e construída pelo estaleiro Yarrow & Company, em Poplar, Inglaterra, para integrar a Flotilha do Amazonas.
Foi incorporada a Marinha em 1906 e armada no mesmo ano no Arsenal de Marinha do Pará.[3]
Deu baixa pelo Aviso n.º 582 de 12 de fevereiro de 1917, junto com a Canhoneira Juruá.[1]
Referências
- «Amapá Canhoneira» (PDF). Diretoria do Patrimônio Histórico da Marinha. Consultado em 18 de junho de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 18 de junho de 2020
- «Canhoneira Fluvial Amapá». Navios de Guerra Brasileiros. Consultado em 18 de junho de 2020. Cópia arquivada em 30 de outubro de 2019
- Anielle Souza de Oliveira. «Incursões (meta)lexicográficas e semânticas em Vieira Transtagano : a guerra e o comércio no dicionário português-inglê (p.56)» (PDF). Universidade Federal da Bahia. Consultado em 21 de junho de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 21 de junho de 2020
Bibliografia
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p. 11.
