Classe Ammiraglio di Saint Bon

A Classe Ammiraglio di Saint Bon foi uma classe de navios couraçados pré-dreadnought operados pela Marinha Real Italiana, composta pelo Ammiraglio di Saint Bon e Emanuele Filiberto. Suas construções começaram no fim do século XIX nos estaleiros de Veneza e Castellammare di Stabia; o batimento de quilha do Ammiraglio di Saint Bon ocorreu em julho de 1893, enquanto do Emanuele Filiberto foi alguns meses depois em outubro.[1] Os navios da classe foram projetados pelos estrategistas Simone di Pacoret Saint Bon e Benedetto Brin e tiveram seus tamanhos limitados por determinações do parlamento italiano,[2] o que os deixou inferiores a embarcações equivalentes de outras marinhas.[1]

Classe Ammiraglio di Saint Bon

O Ammiraglio di Saint Bon, primeiro navio da classe
Visão geral  Itália
Operador(es) Marinha Real Italiana
Construtor(es) Arsenal de Veneza
Castellammare di Stabia
Sucessora Classe Regina Margherita
Período de construção 1893–1902
Em serviço 1901–1920
Construídos 2
Características gerais
Tipo Couraçado pré-dreadnought
Deslocamento 10 700 t (carregado)
Comprimento 111,8 m
Boca 21,12 m
Calado 7,69 m
Propulsão 2 hélices
2 motores de tripla-expansão
12 caldeiras
Velocidade 18,3 nós (33,9 km/h)
Autonomia 5 500 milhas náuticas a 10 nós
(10 185 km a 19 km/h)
Armamento 4 canhões de 254 mm
8 canhões de 152 mm
8 canhões de 119 mm
8 canhões de 57 mm
4 tubos de torpedo de 450 mm
Blindagem Cinturão: 249 mm
Convés: 70 mm
Torres de artilharia: 249 mm
Torre de comando: 249 mm
Casamatas: 150 mm
Tripulação 557

Os dois couraçados da Classe Ammiraglio di Saint Bon tinham um comprimento de fora a fora de 111 metros, boca de 21 metros, calado de pouco mais de sete metros e um deslocamento carregado que podia chegar a mais de dez mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por doze caldeiras que alimentavam dois motores de tripla-expansão, que por sua vez giravam duas hélices até uma velocidade máxima de dezoito nós (33 quilômetros por hora). Os navios eram armados com uma bateria principal formada por quatro canhões de 254 milímetros montados em duas torres de artilharia duplas, enquanto seu cinturão de blindagem tinha 249 milímetros de espessura.[1]

O Ammiraglio di Saint Bon e o Emanuele Filiberto serviram juntos em uma esquadra ativa pelos primeiros anos de suas carreiras.[3][4] Eles participaram de operações ofensivas no Norte da África e na ilha de Rodes durante a Guerra Ítalo-Turca entre 1911 e 1912, porém não chegaram a enfrentar a Marinha Otomana.[5][6] Os dois estavam programados para serem desmontados em 1914, porém o início da Primeira Guerra Mundial adiou os planos.[1] Foram reduzidos a navios de defesa de costa e permaneceram por toda a duração do conflito em Veneza, sem nunca entrarem em combate.[7] Ambos foram tirados de serviço em 1920, depois do fim da guerra, e desmontados pouco depois.[1]

Referências

  1. Gardiner 1979, p. 343
  2. Hore 2006, pp. 78–79
  3. Gardiner 1979, p. 344
  4. Brassey 1908, p. 78
  5. Beehler 1913, p. 9
  6. Willmott 2009, p. 167
  7. Sondhaus 1994, p. 274

Bibliografia

  • Beehler, William Henry (1913). The History of the Italian-Turkish War: September 29, 1911, to October 18, 1912. Annapolis: Naval Institute Press. OCLC 1408563
  • Brassey, Thomas A. (1908). The Naval Annual. Portsmouth: J. Griffin & Co.
  • Gardiner, Robert (1979). Conway's All the World's Fighting Ships 1860–1905. Greenwich: Conway Maritime Press. ISBN 978-0-8317-0302-8
  • Hore, Peter (2006). The Ironclads. Londres: Southwater Publishing. ISBN 978-1-84476-299-6
  • Sondhaus, Lawrence (1994). The Naval Policy of Austria-Hungary, 1867–1918. West Lafayette: Purdue University Press. ISBN 978-1-557-53034-9
  • Willmott, H. P. (2009). The Last Century of Sea Power: From Port Arthur to Chanak, 1894–1922. 1. Bloomington: Indiana University Press. ISBN 978-0-253-35214-9

Ligações externas

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