Emanuele Filiberto (couraçado)

O Emanuele Filiberto foi um navio couraçado pré-dreadnought operado pela Marinha Real Italiana e a segunda e última embarcação da Classe Ammiraglio di Saint Bon, depois do Ammiraglio di Saint Bon. Sua construção começou em outubro de 1897 no Estaleiro Real de Castellammare di Stabia e foi lançado ao mar quatro anos depois em setembro de 1897, sendo comissionado na frota italiana em setembro de 1901. Era armado com uma bateria principal composta por quatro canhões de 254 milímetros montados em duas torres de artilharia duplas, tinha um deslocamento de mais de dez mil toneladas e conseguia alcançar uma velocidade máxima de dezoito nós (33 quilômetros por hora).[1]

Emanuele Filiberto
 Itália
Operador Marinha Real Italiana
Fabricante Estaleiro Real de Castellammare di Stabia, Castellammare di Stabia
Homônimo Emanuel Felisberto,
Duque de Aosta
Batimento de quilha 5 de outubro de 1893
Lançamento 29 de setembro de 1897
Comissionamento 6 de setembro de 1901
Descomissionamento 29 de março de 1920
Destino Desmontado
Características gerais
Tipo de navio Couraçado pré-dreadnought
Classe Ammiraglio di Saint Bon
Deslocamento 10 700 t
Maquinário 2 motores de tripla-expansão
12 caldeiras
Comprimento 111,8 m
Boca 21,12 m
Calado 7,69 m
Propulsão 2 hélices
- 10 295 cv (7 570 kW)
Velocidade 18,3 nós (33,9 km/h)
Autonomia 5 500 milhas náuticas a 10 nós
(10 185 km a 19 km/h)
Armamento 4 canhões de 254 mm
8 canhões de 152 mm
8 canhões de 119 mm
8 canhões de 57 mm
4 tubos de torpedo de 450 mm
Blindagem Cinturão: 249 mm
Convés: 70 mm
Torres de artilharia: 249 mm
Torre de comando: 249 mm
Casamatas: 150 mm
Tripulação 557

O Emanuele Filiberto serviu em uma esquadra ativa ao lado de seu irmão durante seus primeiros anos de serviço, participando principalmente de exercícios com a frota.[2] Fez parte da 3ª Divisão durante a Guerra Ítalo-Turca de 1911–12,[3] envolvendo-se em campanhas no Norte da África e na captura da ilha de Rodes.[4][5] Ele já estava obsoleto quando a Primeira Guerra Mundial começou em 1914 e estava programado para ser desmontado, porém a necessidade de navios de guerra adiou seu desmonte.[6] Foi reduzido para um navio de defesa de costa e passou toda a duração do conflito em Veneza.[7] O Emanuele Filiberto foi tirado do serviço em março de 1920 e depois desmontado.[1]

Referências

  1. Gardiner 1979, p. 343
  2. Brassey 1903, p. 60
  3. Beehler 1913, p. 9
  4. Willmott 2009, p. 167
  5. Beehler 1913, pp. 74–75
  6. Gardiner & Gray 1985, p. 256
  7. Sondhaus 1994, p. 274

Bibliografia

  • Beehler, William Henry (1913). The History of the Italian-Turkish War: September 29, 1911, to October 18, 1912. Annapolis: Conway Maritime Press. OCLC 1408563
  • Brassey, Thomas A. (1903). «Comparative Strength». The Naval Annual. Portsmouth: J. Griffin & Co. OCLC 5973345
  • Gardiner, Robert (1979). Conway's All the World's Fighting Ships: 1860–1905. Annapolis: Conway Maritime Press. ISBN 0-85177-133-5
  • Gardiner, Robert; Gray, Randal (1985). Conway's All the World's Fighting Ships: 1906–1921. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-85177-245-5
  • Sondhaus, Lawrence (1994). The Naval Policy of Austria-Hungary, 1867–1918: Navalism, Industrial Development, and the Politics of Dualism. West Lafayette: Purdue University Press. ISBN 978-1-55753-034-9
  • Willmott, H. P. (2009). The Last Century of Sea Power: From Port Arthur to Chanak, 1894–1922. 1. Bloomington: Indiana University Press. ISBN 978-0-253-35214-9

Ligações externas

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