Conversão de bitola
Conversão de bitola é o processo de conversão da bitola dos carris (português europeu) ou trilhos (português brasileiro) de uma ferrovia, através da alteração de tais vias férreas.
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| Transporte ferroviário |
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Um tipo de adaptação comum para auxiliar tal processo é a inclusão de um ou dois carris/trilhos paralelos, a chamada bitola mista.
Limites de dimensões dos comboios/trens
As ferrovias de bitola estreita muitas vezes atravessam túneis e pontes cujo gabarito estrutural não suporta comboios/trens de maior gabarito: a conversão para uma bitola mais larga, por exemplo, exigiria alargamento de pontes e túneis.
Outro detalhe importante: a estabilidade nas curvas. O raio mínimo da curva de uma ferrovia de bitola estreita pode ser muitas vezes menor do que o de uma bitola mais larga, o que exigiria desvios para facilitar tais curvas no percurso.
Tipos de dormentes/travessas
Travessas/dormentes conversíveis são instalados antes da conversão dos trilhos em si. Tais travessas/dormentes têm de ser longas o suficiente para levar o resto dos afixadores dos carris/trilhos, além de serem capazes de lhe serem retirados os velhos encaixes de cada um dos dois afixadores que permitem que os carris/trilhos sejam firmemente encaixados nas travessas/dormentes. A bitola mista pode ser mais interessante economicamente que a conversão de bitola, principalmente nos casos em que a diferença entre as bitolas é pequena.
- Travessas/dormentes de madeira, desde que sejam suficientemente longas, são sempre conversíveis, desde que os furos adicionais possam ser perfurados depois.
- Travessas/dormentes de betão/concreto não podem ser convertidas, exceto quando é fabricado com encaixes compatíveis com ambas as bitolas, velha e nova.
- Travessas/dormentes de aço devem ter o encaixe extra incorporado na fase inicial de produção, embora seja possível perfurar ou soldar o trilho montado após a instalação, embora com alguma dificuldade.
Veículos ferroviários
A conversão de bitola dos comboios/trens envolveria mudanças no conjunto de rodas ou mesmo no truque ferroviário. Algumas composições patenteadas dispõem de eixo com bitola variável para enfrentar possível ruptura de bitola durante o processo de conversão.
