Eleições estaduais em Alagoas em 1982
As eleições estaduais em Alagoas em 1982 ocorreram em 15 de novembro debaixo de regras como voto vinculado, sublegendas e proibição de coligações partidárias a exemplo dos demais estados brasileiros.[1] Neste dia o PDS elegeu o governador Divaldo Suruagy, o vice-governador José Tavares, o senador Guilherme Palmeira e fez as maiores bancadas entre os oito deputados federais e vinte e quatro estaduais que foram eleitos.[2][3][4][5][nota 1]
| ← 1978 | ||||
| Eleições estaduais em | ||||
|---|---|---|---|---|
| 15 de novembro de 1982 (Turno único) | ||||
![]() |
![]() |
|||
| Candidato | Divaldo Suruagy | José Costa | ||
| Partido | PDS | PMDB | ||
| Natural de | São Luís do Quitunde, AL | Palmeira dos Índios, AL | ||
| Vice | José Tavares | José Humberto Vilar Torres | ||
| Votos | 257.898 | 206.856 | ||
| Porcentagem | 55,49% | 44,51% | ||
![]() | ||||
| Candidato mais votado por município (96):
Divaldo Suruagy (73)
José Costa (23) | ||||
Titular Eleito | ||||
O novo governador é formado em Economia pela Universidade Federal de Alagoas e servidor público lotado na prefeitura de Maceió, cidade onde iniciou a carreira política ao eleger-se prefeito pelo PSD em 1965. Natural de São Luís do Quitunde, ocupou a secretaria de Administração da capital alagoana e a secretaria de Fazenda no governo Luís Cavalcanti antes de comandar a prefeitura. Presidente da Associação Alagoana de Municípios e conselheiro da Associação Brasileira de Municípios, ingressou na ARENA e por esta legenda foi eleito deputado estadual em 1970. Quatro anos depois foi escolhido governador de Alagoas pelo presidente Ernesto Geisel, cargo ao qual renunciou a tempo de eleger-se deputado federal em 1978.
Na eleição para senador, graças ao caráter bipartidário do pleito e à falta de sublegendas devido a um prévio acerto nas convenções partidárias, a vitória foi de Guilherme Palmeira, do PDS, partido que conquistou mais de 60% das vagas nas eleições proporcionais.
Em 1982 foram observados o voto vinculado, a sublegenda, a proibição de coligações partidárias e foi também o último pleito onde os eleitores domiciliados no Distrito Federal tiveram seus votos remetidos a Alagoas por meio de urnas especiais. Outra curiosidade é que os alagoanos foram os únicos brasileiros a escolher apenas entre candidatos do PDS e do PMDB.
Com a renúncia de Divaldo Suruagy para disputar um mandato de senador em 1986 o estado passou às mãos de José Tavares que fora vice-governador por duas vezes.
Resultado da eleição para governador
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral houve 464.754 votos nominais (82,39%), 75.807 votos em branco (13,44%) e 23.501 votos nulos (4,17%), resultando no comparecimento de 564.062 eleitores.
| Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Divaldo Suruagy PDS | José Tavares PDS | ||||
| José Costa PMDB | José Humberto Vilar Torres PMDB | ||||
| Fontes:[1][6] | |||||
Resultado da eleição para senador
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral houve 462.154 votos nominais (81,94%), 76.386 votos em branco (13,54%) e 25.522 votos nulos (4,52%), resultando no comparecimento de 564.062 eleitores.
| Candidatos a senador da República | Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Guilherme Palmeira[nota 2] PDS | João Lyra[nota 2] PDS Noé Simplício do Nascimento PDS | ||||
| José Moura Rocha PMDB | Antônio Lenine Pereira PMDB Antônio Moreira PMDB | ||||
| Fontes:[1][6] | |||||
Deputados federais eleitos
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.
| Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
| Fernando Collor | PDS | 55.124 | 10,46% | Rio de Janeiro | |
| Renan Calheiros | PMDB | 50.616 | 9,60% | Murici | |
| Nelson Costa | PDS | 46.881 | 8,89% | Piaçabuçu | |
| José Thomaz Nonô | PDS | 45.122 | 8,56% | Maceió | |
| Albérico Cordeiro | PDS | 35.927 | 6,82% | Pilar | |
| Manoel Afonso | PMDB | 31.694 | 6,01% | Maceió | |
| Geraldo Bulhões | PDS | 31.526 | 5,98% | Santana do Ipanema | |
| Djalma Falcão[nota 3] | PMDB | 31.156 | 5,91% | Araripina | |
| Fontes:[1][6][7][8] | |||||
|---|---|---|---|---|---|
Deputados estaduais eleitos
As vinte e quatro cadeiras da Assembleia Legislativa de Alagoas foram assim distribuídas: quinze para o PDS e nove para o PMDB.
| Deputados estaduais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
| Mendonça Neto | PMDB | 25.692 | 5,52% | Rio Novo | |
| José Bernardes Neto | PDS | 22.948 | 4,93% | Atalaia | |
| Diney Soares Torres | PMDB | 18.140 | 3,90% | São Miguel dos Campos | |
| Manuel Gomes de Barros | PDS | 18.106 | 3,89% | União dos Palmares | |
| José Bandeira de Medeiros | PDS | 15.631 | 3,36% | Delmiro Gouveia | |
| Moacir Andrade | PMDB | 15.484 | 3,33% | Penedo | |
| José Medeiros | PDS | 14.890 | 3,20% | Junqueiro | |
| Antônio Holanda Costa | PDS | 14.692 | 3,16% | Maceió | |
| Benedito de Lira | PDS | 14.425 | 3,10% | Junqueiro | |
| Francisco de Melo | PMDB | 14.075 | 3,02% | Craíbas | |
| Afrânio Vergetti | PMDB | 12.773 | 2,74% | União dos Palmares | |
| Miguel Soares Palmeira | PDS | 12.690 | 2,73% | São Miguel dos Campos | |
| Elionaldo Magalhães | PDS | 12.532 | 2,69% | Lajedo | |
| José Humberto Vilar Torres | PDS | 11.817 | 2,54% | Água Branca | |
| Eduardo Bonfim | PMDB | 11.777 | 2,53% | Maceió | |
| Hélio Nogueira Lopes | PDS | 11.456 | 2,46% | Penedo | |
| Manoel Pereira Filho | PDS | 11.106 | 2,38% | Arapiraca | |
| Ismael Pereira | PMDB | 10.895 | 2,34% | Capela | |
| Selma Bandeira Mendes | PMDB | 10.884 | 2,34% | Delmiro Gouveia | |
| Ronaldo Lessa | PMDB | 10.484 | 2,25% | Maceió | |
| Emílio Silva | PDS | 10.307 | 2,21% | Palmeira dos Índios [9] | |
| José Jota Duarte Marques | PDS | 9.579 | 2,06% | Palmeira dos Índios | |
| Nenoi Pinto Araújo | PDS | 9.278 | 1,99% | Santana do Ipanema | |
| Neusvaldo Barbosa Leão | PDS | 9.113 | 1,96% | Major Izidoro | |
| Fontes:[1][6] | |||||
|---|---|---|---|---|---|
Notas
- Por força de um casuísmo político, a eleição direta em Rondônia excluiu o cargo de governador enquanto nos territórios federais do Amapá e Roraima o pleito serviu apenas para a escolha de deputados federais não havendo eleições em Fernando de Noronha, sendo que a Lei n.º 6.091 permitiu que os alagoanos radicados no Distrito Federal votassem para todos os cargos em disputa remetendo às urnas ao estado de origem.
- Guilherme Palmeira foi eleito prefeito de Maceió em 1988 e com sua renúncia foi efetivado João Lyra, que passou a ter Noé Simplício do Nascimento como primeiro suplente.
- Eleito prefeito de Maceió em 1985 sendo efetivado Sérgio Moreira.
Referências
- BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais – 1982». Consultado em 4 de setembro de 2022
- BRASIL. Presidência da República. «Decreto-lei n.º 1.541 de 14/04/1977». Consultado em 9 de junho de 2018
- BRASIL. Presidência da República. «Lei Complementar nº 41 de 22/12/1981». Consultado em 9 de junho de 2018
- BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º. 6.978 de 19/01/1982». Consultado em 9 de junho de 2018
- BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 6.091 de 15/08/1974». Consultado em 9 de junho de 2018
- BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Dados estatísticos: eleições federais, estaduais e municipais realizadas em 1982. Brasília: Tribunal Superior Eleitoral, 1988. v.14 t.1.
- BRASIL. Câmara dos Deputados. «Página oficial». Consultado em 4 de setembro de 2022
- BRASIL. Presidência da República. «Lei nº 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 5 de agosto de 2015
- https://www.tribunadosertao.com.br/blog/emilio-silva-sera-homenageado-pelo-conselho-de-medicina-do-rj/
.jpg.webp)
.jpg.webp)

