Estado do Grão-Pará e Rio Negro
O Estado do Grão-Pará e Rio Negro foi uma unidade administrativa criada em 1772 por Marquês de Pombal, no Norte da América portuguesa, a partir da cisão do Estado do Grão-Pará e Maranhão. A outra unidade criada foi o Estado do Maranhão e Piauí.
| Estado do Grão-Pará e Rio Negro | ||||
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| Continente | América do Sul | |||
| País | Reino de Portugal | |||
| Capital | Santa Maria de Belém do Grão-Pará | |||
| Língua oficial | Português | |||
| Outros idiomas | Língua Geral Brasileira, Dialetos Indígenas, Dialetos Africanos | |||
| Religião | Católica | |||
| Governo | Monarquia | |||
| Rei | ||||
| • 1772-1775 | José I de Portugal | |||
| História | ||||
| • 1621 | Estado do Maranhão e Grão-Pará | |||
| • 1772 | Fundação | |||
| • 1823 | Dissolução | |||
O Estado do Grão-Pará e Rio Negro compreendia as capitanias do Pará e do Rio Negro,[1] tendo existido até 1823 quando o Grão-Pará foi anexado autoritariamente ao Império do Brasil, deixando de ser um estado colonial autônomo para se tornar uma província brasileira. A capitania do Rio Negro foi rebaixada a condição de comarca intitulada Alto Amazonas com a primeira constituição outorgada por Pedro I.
Alguns estudos afirmam ainda que a unidade seria um "pseudo-estado" (assim como Estado do Maranhão e Piauí), estando reintegrada à antiga repartição do Estado do Brasil, e não subordinada diretamente a Portugal.[2]. No entanto nunca existiu um dispositivo jurídico português que levou a esta hipotética reunificação dos dois estados coloniais. Assim o Estado do Grão-Pará permaneceu como uma colônia autônoma portuguesa na prática até 1823, quando foi anexado autoritariamente pelo Império do Brasil recém fundado[3]. A historiografia contemporânea da Amazônia tem reiterado a desconexão entre Brasil e o Grão-Pará mesmo após a fuga da família real para o Rio de Janeiro em 1808 e após a fundação do Reino do Brasil, permanecendo Belém vinculada diretamente a Lisboa e praticamente desligada em vários aspectos da capital fluminense.[4]
Note-se que, em 1821 parte da elite política e intelectual do Grão-Pará apoiaria à Revolução liberal do Porto, com vistas a superação do regime absolutista luso-brasileiro.[5] A região, portanto, só iria ser conquistada pelo Império do Brasil em 1823.[6]
Referências
- «Pará também nasceu de uma divisão». NoTapajós[ligação inativa]
- dos Santos, Fabiano Vilaça. «O governo das conquistas do norte: trajetórias administrativas no Estado do Grão-Pará e Maranhão (1751-1780)». Catálogo USP
- PINHEIRO, Luís Balkar Sá Peixoto (2000). «De vice-reino à Província: tensões regionalistas no Grão-Pará no contexto da emancipação política brasileira». Revista Somanlu
- RICCI, Magda (2010). «Pátria minha: portugueses e brasileiros no Grão-Pará (1808-1840)». Entre Mares: o Brasil dos Portugueses
- Di Paolo, Pasquale (1985). Cabanagem: a revolução popular da Amazônia. Belém: Conselho Estadual de Cultura,
- Ferreira, Sylvio Mario Puga. Federalismo, economia exportadora e representação politica: o Amazonas na Republica Velha (1889-1914). Campinas, SP : Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, 2005, p. 19. Tese de Doutorado em Ciências Econômicas.
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