Frédéric Mistral

Frédéric Mistral (Maillane, 8 de setembro de 1830 — Maillane, 25 de março de 1914) foi um escritor francês em língua occitana ou provençal.

Frédéric Mistral
Frédéric Mistral
Nascimento 8 de setembro de 1830
Maillane
Morte 25 de março de 1914 (83 anos)
Maillane
Nacionalidade francês
Prémios Nobel de Literatura (1904)
Magnum opus Mireio: poema provençal
Assinatura
Campo(s) literatura

Seus pais se chamavam François Mistral e Adélaide Poulinet. Começou a ir à escola bastante tarde, aos nove anos. Entre 1848 e 1851, estuda direito em Aix-en-Provence e se converte em cantor da independência da Provença e sobretudo do provençal, "primeira língua literária da Europa civilizada".

De volta a Maillane, Mistral se une ao poeta Roumanille, e ambos se convertem nos artífices do renascimento da língua occitana. Juntos fundam o movimento do félibrige, que permitiu promover a língua occitana com a ajuda de Alphonse de Lamartine: este movimento acolherá todos os poetas occitanos expulsos da Espanha por Isabel II.

Com sua obra, Mistral reabilita a língua provençal, levando-a às mais altos cumes da poesia épica: a qualidade desta obra se consagrará com a obtenção dos prêmios mais prestigiosos.

Sua obra principal foi Mirèio (Mireia) à que dedicou oito anos de esforços. Publicou-a em 1859. Em oposição ao que seria a ortografia habitual Mistral teve que ceder à imposição de seu editor, Roumanille, e optar por uma grafia simplificada, que desde então se chama "mistraliana", em oposição à grafia "clássica" herdada dos trovadores. Mireia conta o amor de Vincent e da bela provençal Mireia. Esta história é equiparável à de Romeu e Julieta.

Charles Gounod fez uma ópera com este tema em 1863.

Além de Mireia, Mistral é autor de "Calendal", "Nerte", Lis isclo d’or ("As Ilhas de Ouro"), Lis oulivado ("As olivadas"), "O poema do Ródano", obras todas elas que servem para que se lhe considere o maior dos escritores em língua provençal.

Mistral recebeu o Nobel de Literatura de 1904, junto a José Echegaray y Eizaguirre. Com o custo do prêmio criou o Museu Arlaten em Arles.

Casado com Marie-Louise Rivière, não teve filhos e morreu em 25 de março de 1914 em Maillane.

Principais obras

  • Mirèio (1859)
  • Calendau (1867)
  • Coupo Santo (1867)
  • Lis Isclo d'or (1875)
  • Lou Tresor dóu felibrige ou Dictionnaire provençal-français, (1879)
  • Nerto, romance (1884)
  • La Rèino Jano, drama (1890)
  • Lou Pouèmo dóu Rose (1897)
  • Moun espelido, Memòri e Raconte ou Mes origines (1906)
  • Discours e dicho (1906)
  • La Genèsi, traducho en prouvençau (tradução de Livre de la Genèse, 1910)
  • Lis óulivado (1912)
  • Proso d’Armana (posthume) (1926, 1927, 1930)
  • Contes de Provence, colectânea de obras publicadas no L’Almanach provençal e L’Aiòli, coligidas por Françoise Morvan na tradução francesa de Pierre Devoluy, edições Ouest-France, colecção « Les grandes collectes », 2009 ISBN 978-2737347511.

Ver também

Ligações externas


Precedido por
Bjørnstjerne Bjørnson
Nobel de Literatura
1904
com José Echegaray
Sucedido por
Henryk Sienkiewicz


This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.