História do Barém
As ilhas de Barém foram sempre cobiçadas desde a antiguidade primeiro devido à sua posição geoestratégica privilegiada na região do Golfo, que constituía as ilhas como escala obrigatória nas rotas comerciais entre primeiro os sumérios (estes designavam estas ilhas como Dilmum) e o Vale do Indo há três milénios e posteriormente entre todas rotas comerciais que por aí tinham que passar, mas também porque estas ilhas sempre detiveram recursos naturais muito importantes.
| Artigos relacionados com a |
| Cultura do Barém |
|---|
![]() |
| História |
| Línguas |
|
Símbolos |
As suas grandes florestas (numa área rodeada de territórios desérticos), as suas pérolas (muito cobiçadas e produzidas nos bancos à volta das ilhas do arquipélago) e mais recentemente por causa do petróleo.
Os gregos já conheciam as ilhas como Tylos.
A população barenita converteu-se ao islamismo no séc. VII, sendo que antes disso a sua população seguia maioritariamente o cristianismo e tinha uma forte minoria religiosa judaica
Em 685 os Najadat, dos carijitas, que constituíam um grupo moderado dos Azraquitas e que se desenvolveu na Arábia central (rejeitando o assassinato político), conquistam o Barém, bem como uma parte do Iémen e penetram no Omã.
O termo Barém foi usado durante o inicio da era islâmica para designar a área que agora conhecemos como Golfo Pérsico, que só foi assim designada depois de o Império Sassânida o ter controlado durante cerca de cento e cinquenta anos. Até aí as ilhas eram conhecidas apenas como Awal (alguns dizem Aval)
De 1521 a 1602, o país foi ocupado pelos portugueses após a política fortemente expansionista prosseguida a partir de 1510 pelo governador-geral, Afonso de Albuquerque, no Império Português do Oriente, datando desse período a construção do Forte do Barém (em árabe Qal’at al-Bahrain), atualmente classificado como Património Mundial pela UNESCO.
Em 1602 e com a ajuda dos ingleses as ilhas foram tomadas pelo Império Safávida tornando-se numa sua base estratégica e militar muito importante.
Ahmad ibn Khalifa um príncipe oriundo da Arábia Saudita conquistou as ilhas e obteve a sua independência em 1783 do Império Afexárida, aproveitando o enfraquecimento da Império Afexárida acossada por invasões e guerras constantes com o Império da Rússia e o Império Otomano e fundou a dinastia que reina o país até hoje.
Vários tratados forçados feitos no séc. XIX determinaram que o arquipélago se transformasse num protetorado militar e comercial britânico.
O Barém conseguiu novamente a independência (saindo da situação colonial de protetorado ocupado militarmente) em 1971 e transformou-se em emirado.
Em 1973, foi promulgada uma constituição, que estabeleceu o regime monárquico tradicional e criou um sistema bicameral de concelhos, um concelho consultivo e um concelho dos representantes.
Bibliografia
- Página sobre o Bahrein na Cola da Web
- Bahrain - The Columbia Encyclopedia, Sixth Edition - 2007
- Mahdi Abdalla Al-Tajir (1987). Bahrain, 1920–1945: Britain, the Shaikh, and the Administration. ISBN 0-7099-5122-1
- Talal Toufic Farah (1986). Protection and Politics in Bahrain, 1869–1915 ISBN 0-8156-6074-X
- Emile A Nakhleh (1976). Bahrain: Political development in a modernizing society. ISBN 0-669-00454-5
- Andrew Wheatcroft (1995). The Life and Times of Shaikh Salman Bin Hamad Al-Khalifa : Ruler of Bahrain 1942–1961. ISBN 0-7103-0495-1
- Fuad Ishaq Khuri (1980). Tribe and state in Bahrain: The transformation of social and political authority in an Arab state. ISBN 0-226-43473-7

