Maria do Céu Guerra

Maria do Céu Guerra de Oliveira e Silva, conhecida por Maria do Céu Guerra DmSEComSEComIH (Lisboa, 26 de maio de 1943), é uma premiada atriz e encenadora portuguesa.

Maria do Céu Guerra
Maria do Céu Guerra
Nome completo Maria do Céu Guerra de Oliveira e Silva
Outros nomes Céu Guerra
Nascimento 26 de maio de 1943 (80 anos)
Lisboa
Nacionalidade portuguesa
Ocupação Atriz e encenadora
Atividade 1963 – presente
Festival Internacional de Teatro
2019 - Melhor Atriz de Teatro da Europa
Prémios Sophia
2015 - Melhor Atriz (Os Gatos Não Têm Vertigens)
2021 Sophia de Carreira
Globos de Ouro
2007 - Melhor Atriz de Teatro (Todos os que Caem) 2015 Melhor Atriz de Cinema (Os Gatos Não Têm Vertigens) 2019 Prémio Mérito e Excelência
Outros prémios
Prémio da Imprensa (1970) Atriz de Teatro de Revista
Prémio da Imprensa (1981) Atriz de Teatro

Biografia

Maria do Céu Guerra de Oliveira e Silva[1] nasceu em 26 de maio de 1943, em Lisboa.[2] É filha de Oliveira e Silva e de Maria Carlota Álvares da Guerra e irmã do jornalista João Paulo Guerra[carece de fontes?]

Depois do liceu frequentou o curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa onde começa a interessar-se pelo teatro, fazendo parte do Grupo Cénico e estreando-se em 1963 em Assembleia ou Partida, na peça de Correia Garção, encenada por Claude-Henri Frèches.[2]

Pouco depois integrou o grupo fundador da "Casa da Comédia", ao lado de Zita Duarte, Manuela de Freitas, Fernanda Lapa, Laura Soveral e outros amadores. Participou em várias produções, a começar por Deseja-se Mulher (1963), de Almada Negreiros, encenada por Fernando Amado.[3][4]

Em 1965 segue para participar da fundação do Teatro Experimental de Cascais, onde se profissionalizou. Durante os seis anos e com encenação de Carlos Avilez, interpretou em várias peças, a começar com Esopaida (1965), de António José da Silva.[3][4]

No início da década de 1970 passaria pelo Teatro de Revista e pela a comédia, começando com a revista Alto Lá com Elas (1970), de Paulo da Fonseca, César de Oliveira e Rogério Bracinha e encenada por Camilo de Oliveira, ao lado de nomes como Tony de Matos, Linda Silva, Vítor Espadinha, Maria Tavares, Lina Morgado ou Io Appolloni numa produção estreada no Teatro ABC no Parque Mayer.[3][4][5] Nesta fase destaca-se premiada atuação de Maria do Céu Guerra na revista O Zê Faz Tudo! (1970) de César de Oliveira e Rogério Bracinha, no Teatro Variedades.[3][4][6] Na comédia, nota para Tartufo (1972) de Molière, sob direção de Adolfo Marsillach num elenco recheado de estrelas como Curado Ribeiro ou Laura Soveral, pela TEBO - Teatro de Bolso no Teatro Villaret.[3][4][7]

Após um breve regresso de Maria do Céu Guerra à Casa da Comédia, para Doroteia (1974), de Nelson Rodrigues, com encenação de Morais e Castro,[8] os ventos do 25 de Abril trazem o musical Liberdade, Liberdade (1974) ao Teatro Villaret, numa encenação de Luís de Lima para uma adaptação de Luís Francisco Rebello e Helder Costa de um original de Millôr Fernandes e Flávio Rangel, e onde podemos encontrar participações de nomes como José Mário Branco, Fausto ou Júlio Pereira.[3][4][9]

Ainda em 1974, faz parte do grupo fundador da companhia "Teatro Ádóque", (Adoque - Cooperativa de Trabalhadores de Teatro) ainda participa na revista Pides na Grelha (1974) de Francisco Nicholson, Gonçalves Preto e Mário Alberto.[4][10]

Em 1975, fundou, com o cenógrafo Mário Alberto, a companhia de teatro "A Barraca" com o primeiro espetáculo, A Cidade Dourada a estrear em Março de 1976 na Incrível Almadense.[11] Esta encenação coletiva de um texto do grupo colombiano Teatro de La Candelaria viria a encetar uma lista de mais de 70 produções em que, para além de atriz, vai desempenhando outras funções como figurinista ou direção ou conceção de guarda-roupa, cenografia ou direção plástica, produção, adaptação ou dramaturgia e, com maior preponderância, como encenadora.[3][4] Mas chegaria a receber um prémio pelos figurino de Um Dia na Capital do Império (1983).[3]

Maria do Céu Guerra
em D. Maria, a Louca (2011)

Foi n'"A Barraca" que centrou a sua atividade em teatro, sendo de destacar os desempenhos premiados como em É Menino ou Menina? (1980) de Gil Vicente, Um Dia na Capital do Império (1983) de António Ribeiro Chiado, Calamity Jane (1986) ou Todos os que Caem (2006).[3][4][12] Nota ainda para as interpretações em peças como A Relíquia (2000), Havemos de Rir? (2001) ou Play Strindberg (2015) que valeram nomeações.[3][12]

De registar ainda algumas participações em produções teatrais fora d'"A Barraca" como a direção de atores em Não Digas Nada (2002), no Teatro Nacional D. Maria II, onde voltaria em 2014 para a leitura encenada de Todos os que Caem, peça em que já participara em 2006 sob a égide do grupo Comuna - Teatro de Pesquisa e pela qual seria premiada.[3] Outro exemplo seria A Casa de Bernarda Alba (2005) de Lorca, com encenação de Diogo Infante e Ana Luísa Guimarães e apresentada no São Luiz Teatro Municipal.[3][13]

No cinema a sua carreira começou com a locução em Crónica do Esforço Perdido (1966) de António de Macedo mas a sua estreia como atriz cinematográfica deu-se no premiado O Mal-Amado (1973) de Fernando Matos Silva.[2][4] Da lista de participações no grande ecrã podemos encontrar películas como A Santa Aliança (1978) de Eduardo Geada, Lisboa Cultural (1983) de Manoel de Oliveira, Crónica dos Bons Malandros (1984) de Fernando Lopes, A Estrela (1994) de Frederico Corado ou Portugal S.A. (2003) de Ruy Guerra.[4][14] Destaque ainda para Os Gatos não Têm Vertigens (2014) de António Pedro Vasconcelos, que valeu o Prémio Sophia (2015) para "Melhor Atriz" e o seu segundo Globo de Ouro de "Melhor Atriz", desta vez na categoria de "Cinema".[12]

No seu percurso na televisão, para além de teatro televisivo e de telefilmes (como Casino Oceano (1983), de Lauro António)[4] destacam-se trabalhos como a sitcom Residencial Tejo (1999), ou séries televisivas como Mau Tempo no Canal (1989) ou Velhos Amigos (2011).[15][16][17] Integra pela primeira vez uma telenovela quando entra em Jardins Proibidos (2014), seguindo-se A Impostora (2016) em que foi Maria do Céu Guerra quem contracenou naquela que seria última cena de Nicolau Breyner, que morreu durante a gravação desta telenovela.[18][19]

É mãe de outra atriz, Rita Lello, do seu casamento com o ator Luís Lello. Foi também casada com o cenógrafo e pintor Mário Alberto, com quem teve um filho.[carece de fontes?] Foi companheira de Nuno Brederode dos Santos (1944-2017).[20]

Bibliografia

  • São Mortas as Flores (1963, Distribuição da Editorial Organizações, Série "Best-sellers")[21]
  • "Ser e Não Ser" (2009, Círculo de Leitores)[22][23]

Televisão

Ano CanalTítuloRef.
1967 RTP1Riso e Ritmo
1979Entre Marido e Mulher[4]
1983Casino Oceano (telefilme)[2][14]
Impossível Evasão (telefilme)[2][4][14]
1985Em Lisboa... Uma Vez ("Só Acontece aos Outros", telefilme)[2][4][14]
1987A Vida ao Pé de Nós ("Muito Tarde para Ficar Só")[4][24]
1992Mau Tempo no Canal[16][18]
1999 SICResidencial Tejo[15][18]
2009 RTP1Anthero - O Palácio da Ventura (telefilme)[25]
2011Velhos Amigos[17][18]
2014 TVIJardins Proibidos[18]
2016A Impostora[18]
2017 RTP1A Família Ventura[26]
2021-presente TVIFesta é Festa

Cinema

AnoTítuloRef.
1973O Mal-Amado[2][4][14]
1977Lerpar[2][4][14]
A Fuga[4][14]
1978A Santa Aliança[14]
1981Guerra do Mirandum[4][14]
1983Lisboa Cultural[4][14]
1984Crónica dos Bons Malandros[2][4][14]
1985Saudades para Dona Genciana[2][4][14]
A Moura Encantada[4][14]
1986Azul, Azul[14]
1990Os Cornos de Cronos[14]
1992S.O.S. Stress[14]
1994A Estrela[14]
1998O Anjo da Guarda[14]
2003Portugal S.A.[14]
2014Os Gatos não Têm Vertigens[14]
2015O Livreiro de Santiago[14]
2016Bastien[14]
Dobragens

Teatro

Tendo participado em mais de uma centena de produções teatrais, trabalhou em perto de uma dezena de companhias destacando-se a "Casa da Comédia" onde deu os primeiros passos na década de 1960 e participou numa dezena de peças, o "TEC - Teatro Experimental de Cascais", onde entrou numa quinzena de espetáculos ou a "A Barraca", onde participou em 70 espetáculos. Para além de outras funções, somou, em múltiplas ocasiões, a função de atriz com a de encenadora de mais de duas dezenas de peças.[3]

Como atriz

Como encenadora

AnoTítuloCompanhiaFunçãoRef.
1986Calamity JaneA Barracaencenação[3]
1989O Menino de Sua Mãe[3]
1991Poesia de Lisboa[3]
Pranto de Maria Parda[3]
1996O Último Baile do Império[3]
1997Xeque Mate[3]
O Bode Expiatório[3]
1999Agosto - Histórias de Emigração[3]
2000A Balada do Café Triste[3]
2001Um Inverno Debaixo da Mesa[3]
Havemos de Rir?[3]
2002Nós Temos os Pés Grandes Porque Somos Muito Altas[3]
Comédia de Rubena[3]
O Velho da Horta[3]
Farsa de Inês Pereira[3]
O Auto das Fadas[3]
2007Agosto - Contos da Emigração[3]
2008Antígona[3]
2009O Inspector-geralespectáculo de[3]
Mulheres que VoamGrupo do 3.º ano do Curso de
Licenciatura em Teatro da Universidade de Évora
encenação[3]
2011D. Maria, a LoucaA Barracaencenação[3]
Rumor[3]
2013Menino de Sua Avó[3]
2015Claraboia[3]

Prémios, distinções e nomeações

Condecorações

Referências

  1. «Certidão de lista de associadas da Audiogest» (PDF). IGAC/Ministério da Cultura. 25 de julho de 2007. Consultado em 1 de Janeiro de 2014. Arquivado do original (pdf) em 24 de dezembro de 2013
  2. JLR (2000). «Maria do Céu Guerra». Dicionário do Cinema Português (via "Mulheres Portuguesas do Século 20" Fundação Instituto Politécnico do Porto). Consultado em 3 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 11 de julho de 2002
  3. «Ficha de Pessoa : Maria do Céu Guerra». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 22 de Janeiro de 2015. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  4. Teresa Tudela (coord.) (2000). «Mulheres Portuguesas do Século 2000: Maria do Céu Guerra». Presumido "Teatro de La Candelaria" para "Lã Candelaria". Ignoradas datas de filmes por presumidas como datas de filmagem. Fundação Instituto Politécnico do Porto. Consultado em 3 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 11 de julho de 2002
  5. «Ficha de Espectáculo : Alto lá com elas». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 15 de Maio de 2015. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  6. «Prémios Bordalo». Em 1970 e 1981 denominado "Prémio da Imprensa". Presumida gralha "1992" para data de cerimónia. Provável que prémio "Revelação" seja como encenador e não como "actor". Presumida troca de peças após "respectivamente". Sindicato dos Jornalistas. 22 de janeiro de 2002. Consultado em 22 de setembro de 2017
  7. «Ficha de Espectáculo : Tartufo». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 22 de Janeiro de 2015. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  8. «Ficha de Espectáculo : Doroteia». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 1 de Agosto de 2012. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  9. «Ficha de Espectáculo : Liberdade, liberdade». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 10 de Outubro de 2014. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  10. «Ficha de Espectáculo : Pides na grelha». Não indica participação de Maria do Céu Guerra. Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 10 de Outubro de 2014. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  11. Redação (3 de março de 2011). «Companhia de teatro A Barraca faz 35 anos». Diário de Notícias. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  12. Cf. "Prémios, distinções e nomeações"
  13. «"Casa de Bernarda Alba" estreia no Teatro São Luiz». Jornal de Notícias. 18 de junho de 2005. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  14. «Pessoa : Maria do Céu Guerra». Não são referidos os realizadores. CinePT - Cinema Português (Universidade da Beira Interior). Consultado em 3 de dezembro de 2018. Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2018
  15. Ana Sousa Dias (15 de setembro de 2017). «Morreu Fernanda Borsatti, a atriz inteligente e mordaz». Diário de Notícias. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  16. «Mau Tempo no Canal». RTP. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  17. «Série televisiva gravada em Óbidos e nas Caldas». Jornal Oeste. Marinha Grande. 17 de março de 2011. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  18. Lopes (25 de junho de 2018). «Uma interpretação de Pessoa: manual de um ator - a partir de Menino de sua Avó, de Armando Nascimento Rosa, criação de Maria do Céu Guerra e Adérito Lopes» (PDF) (Tese). Doutoramento em Comunicação, Cultura e Artes (Teatro). Sapientia (Repositório da Universidade do Algarve). p. 309-315. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  19. Duarte Faria (19 de dezembro de 2016). «TVI emite última cena de Nicolau Breyner». Correio da Manhã. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  20. OCLC 77299398. Consultado em 3 de dezembro de 2018.
  21. «"O dia em que a Cinderela..."». Jornal de Notícias. 10 de junho de 2009. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  22. Agência Lusa (15 de março de 2005). «"Ser e Não Ser" recorda a história do Teatro em livro e em espectáculos». RTP. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  23. «A Vida ao Pé de Nós - Muito Tarde para Ficar Só». RTP. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  24. Elsa Pereira (25 de março de 2009). «Desvendar o homem e a obra além do mito». Jornal de Notícias. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  25. Maria João Caetano (7 de novembro de 2017). «Vamos passar os próximos natais com a família Ventura». Diário de Notícias. Consultado em 16 de dezembro de 2017
  26. «Dinossauro». Cinema (Sapo). 24 de novembro de 2000. Consultado em 3 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 24 de janeiro de 2001
  27. http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06806.156.25204#!4
  28. http://ww3.fl.ul.pt/CETbase/reports/client/Report.htm?ObjType=Espectaculo&ObjId=2923
  29. https://arquivos.rtp.pt/conteudos/tv-palco-16/
  30. http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06820.170.26959#!7
  31. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Maria do Céu Guerra". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 13 de novembro de 2021
  32. «Globos de Ouro serão entregues no domingo». Super Elite (Diário Digital). 13 de abril de 2001. Consultado em 3 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 13 de abril de 2001
  33. «SIC aproxima Globos de Ouro de "prémios lá de fora"». NetParque (Parque Expo 98, S.A.). 3 de abril de 2002. Consultado em 3 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 9 de junho de 2002
  34. «Herman José domina cerimónia dos Globos de Ouro». Super Elite (Diário Digital). 15 de junho de 2002. Consultado em 3 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 15 de junho de 2002
  35. Redação (19 de maio de 2017). «Todos os vencedores da história dos Globos de Ouro». Caras. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  36. «Globos de Ouro 2006». SIC. 2 de abril de 2007. Consultado em 3 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 9 de abril de 2007
  37. «Ficha de Espectáculo : Todos os que caem». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 27 de Fevereiro de 2014. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  38. Nuno Cardoso (20 de abril de 2016). «Conheça os nomeados para os Globos de Ouro da SIC». Diário de Notícias. Consultado em 3 de dezembro de 2018
  39. Agência Lusa (3 de abril de 2015). «'Os Gatos Não Têm Vertigens' conquista os prémios Sophia 2015». Público. Consultado em 3 de dezembro de 2018. Cópia arquivada em 12 de março de 2016
  40. Agência Lusa; Redação (6 de outubro de 2015). «Revelados os nomeados aos Prémios Áquila». Lux. Consultado em 14 de janeiro de 2016
  41. «Prémio Vasco Graça Moura-Cidadania Cultural distingue Maria do Céu Guerra». Diário de Notícias. 3 de janeiro de 2010. Consultado em 3 de janeiro de 2010
  42. «Dia da Mulher: Graça Lobo homenageada». Correio da Manhã. 7 de março de 2015. Consultado em 15 de setembro de 2017
  43. «Marcelo condecora atores Maria do Céu Guerra e Sinde Filipe». Notícias ao Minuto. 28 de setembro de 2021. Consultado em 29 de setembro de 2021
  44. «Governo entrega medalhas de Mérito Cultural a quatro decanos do teatro». Notícias ao Minuto. 21 de março de 2022. Consultado em 21 de março de 2022

Ligações externas

This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.