Mu Geminorum

Mu Geminorum (μ Gem, μ Geminorum) é a quarta estrela mais brilhante da constelação de Gemini, com uma magnitude aparente média de 2,86.[2] É conhecida pelo nome tradicional Tejat Posterior, que significa pé de trás, porque representa o pé de Castor. Os nomes Calx (Latim, significando calcanhar), Pish Pai (da língua persa Pīshpāy, پیش‌پای, significando perna dianteira), e Nuhatai (do árabe Al Nuḥātai, "corcunda de um camelo") também foram dados a Mu Geminorum.[6][9]

μ Geminorum
Dados observacionais (J2000)
Constelação Gemini
Asc. reta 06h 22m 57,6s[1]
Declinação +22° 30 48,9[1]
Magnitude aparente 2,857[2]
Características
Tipo espectral M3 III[3]
Cor (U-B) +1,924[2]
Cor (B-V) +1,643[2]
Variabilidade LB[4]
Astrometria
Velocidade radial 54,46 ± 0,43 km/s[1]
Mov. próprio (AR) 56,39 mas/a[1]
Mov. próprio (DEC) -110,03 mas/a[1]
Paralaxe 14,08 ± 0,71 mas[1]
Distância 230 ± 10 anos-luz
71 ± 4 pc
Magnitude absoluta −1,39
Detalhes
Massa 2,1[5] M
Raio 104[6] R
Gravidade superficial 1,50 (log g)[7]
Luminosidade 2 799[7] L
Temperatura 3 773[7] K
Rotação 8,4[8]
Outras denominações
Tejat, Tejat Posterior, Pish Pai, Calx,[6][9] 13 Geminorum, BD+22°1304, FK5 241, HD 44478, HIP 30343, HR 2286, SAO 78297.[1]
Mu Geminorum

A distância a Mu Geminorum, calculada a partir de medições de paralaxe durante a missão Hipparcos, é de aproximadamente 230 anos-luz (71 parsecs).[1] Sua magnitude visual é diminuída em 0,07 como resultado de extinção por gás e poeira.[10] Mu Geminorum é uma variável irregular lenta do tipo LB cuja magnitude varia entre +2,75 e +3,02[4] com um período principal de 27 dias, junto com um período muito maior de 2 000 dias.[6]

É uma gigante vermelha com uma classificação estelar de M3 III[3] e uma temperatura efetiva de 3 773 K,[7] o que significa que é muito mais brilhante, mas mais fria que o Sol. Tem 2,1 vezes a massa solar[5] e 104 vezes o raio solar.[6] Está atualmente no ramo gigante assintótico e está gerando energia através da fusão nuclear de hidrogênio e hélio em camadas concêntricas ao redor de um núcleo inativo de carbono e oxigênio.[11]

Ver também

Referências

  1. «SIMBAD query result - mu. Gem». SIMBAD. Centre de Données astronomiques de Strasbourg. Consultado em 29 de setembro de 2012
  2. Gutierrez-Moreno, Adelina; et al. (1966), A System of photometric standards, 1, Publicaciones Universidad de Chile, Department de Astronomy, pp. 1–17, Bibcode:1966PDAUC...1....1G.
  3. Morgan, W. W.; Keenan, P. C. (1973), «Spectral Classification», Annual Review of Astronomy and Astrophysics, 11: 29, Bibcode:1973ARA&A..11...29M, doi:10.1146/annurev.aa.11.090173.000333.
  4. «Mu Geminorum». Combined General Catalog of Variable Stars (GCVS4.2). Centre de Données astronomiques de Strasbourg. Consultado em 29 de setembro de 2012
  5. Tsuji, Takashi (maio de 2007), «Isotopic abundances of Carbon and Oxygen in Oxygen-rich giant stars», in: Kupka, F.; Roxburgh, I.; Chan, K., Convection in Astrophysics, Proceedings of IAU Symposium #239 held 21-25 August, 2006 in Prague, Czech Republic, pp. 307–310, Bibcode:2007IAUS..239..307T, arXiv:astro-ph/0610180Acessível livremente, doi:10.1017/S1743921307000622.
  6. Kaler, James B. «TEJAT (Mu Geminorum)». Stars. Consultado em 29 de setembro de 2012
  7. Mallik, Sushma V. (dezembro de 1999), «Lithium abundance and mass», Astronomy and Astrophysics, 352: 495–507, Bibcode:1999A&A...352..495M.
  8. Massarotti, Alessandro; et al. (janeiro de 2008), «Rotational and Radial Velocities for a Sample of 761 HIPPARCOS Giants and the Role of Binarity», The Astronomical Journal, 135 (1): 209–231, Bibcode:2008AJ....135..209M, doi:10.1088/0004-6256/135/1/209.
  9. Allen, Richard Hinckley (1899), Star-names and Their Meanings, G. E. Stechert, p. 236
  10. Famaey, B.; et al. (janeiro de 2005), «Local kinematics of K and M giants from CORAVEL/Hipparcos/Tycho-2 data. Revisiting the concept of superclusters», Astronomy and Astrophysics, 430 (1): 165–186, Bibcode:2005A&A...430..165F, arXiv:astro-ph/0409579Acessível livremente, doi:10.1051/0004-6361:20041272.
  11. Lebzelter, T.; Hron, J. (janeiro de 2008), «BRITE stars on the AGB», Communications in Asteroseismology, 152: 178–181, Bibcode:2008CoAst.152..178L, doi:10.1553/cia152s178.
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