Pseudolaelia canaanensis
Pseudolaelia canaanensis é uma espécie de planta do gênero Pseudolaelia e da família Orchidaceae.[1] Pseudolaelia canaanensis foi descrita no gênero Renata por Ruschi, sendo transferida para Pseudolaelia por Fábio de Barros em 1994. Embora apresente morfologia floral levemente semelhante à de P. aromatica e P. ataleiensis, pode ser facilmente diferenciada das espécies de Pseudolaelia pelo porte mais robusto, apresentando o maior número de folhas (11-19), destacando-se também por uma projeção caulinar no ápice do pseudobulbo, ao longo da qual se distribuem as folhas e pela inflorescência em panícula ampla, geralmente com mais de 80 flores pequenas, amarelo-claro a amarelo-ouro, em alguns exemplares com o labelo maculado de vermelho.[1]
Taxonomia
A espécie foi descrita em 1994 por Fábio de Barros.[2] O seguinte sinônimo já foi catalogado:[1]
- Renata canaanensis Ruschi.
Descrição
Ela tem 11-19 folhas, patentes, dispostas a partir do ápice do pseudobulbo, ao longo da projeção caulinar; lâmina foliar linear a lanceolada, verde-clara, cartácea, margem finamente serrilhada a inteira, ápice agudo; bainha foliar amplexicaule, 1,9-4,5 x 1,5-2 cm, verde-clara a amarelada, cartácea. Inflorescência em panícula, ereta, 37-70 centímetros de comprimento, ramos da inflorescência de 6-15,5 centímetros de comprimento, com cerca de 90-flora; pedúnculo cilíndrico, 34-50 centímetros de comprimento, verde-avermelhado; brácteas tubulosas, amplectivas sobre o pedúnculo, 0,6-3,2 centímetros de comprimento, estramíneas, paleáceas, ápice emarginado, agudo ou obtuso; brácteas florais triangulares, 1,5-3,2 x 1,5-2,1 mm, estramíneas, membranáceas, ápice agudo.[1]
Ela tem flores sem odor, pediceladas, pedicelo e ovário verde-claros a amarelados; sépala dorsal oblanceolada, com cerca de 1 x 0,3 cm, amarelo-clara, margem convoluta próximo ao ápice, com uma região espessada, verruculosa, castanha, ápice agudo; sépalas laterais oblanceoladas, com cerca de 1,1 x 0,3 cm, assimétricas, amarelo-claras, margem convoluta próximo ao ápice, com uma região espessada, verruculosa, castanha, ápice agudo; pétalas espatuladas, com cerca de 1,1 x 0,3 cm, amarelo-claras, assimétricas, margem levemente ondulada próximo ao ápice agudo; labelo inteiro, com cerca de 7 x 5 mm, margem erosa, ápice arredondado ou emarginado; disco do labelo carnoso, com lamelas longitudinais, divergentes, irregulares, amarelo-claro a amarelo-ouro, às vezes com o ápice maculado de vermelho, desde a base até próximo ao ápice do labelo; cunículo inconspícuo externamente; coluna com cerca de 5-7 milímetros de comprimento, verde-amarelada; antera atrovinácea; polínias amarelas, caudícula com cerca de 1 milímetros de comprimento. Frutos imaturos ou submaturos globosos, com cerca de 1 centímetros de comprimento, verde-escuros.[1]| Caule[1] | |
|---|---|
| rizoma | conspícuo |
| pseudobulbo | fusiforme |
| número de entrenó | 5 a 8 |
| extensão foliar no pseudobulbo | presente |
| Folha[1] | |
| forma | lanceolada/linear |
| número de folha | mais do que 11 |
| posição em relação ao pseudobulbo | patente |
| Inflorescência[1] | |
| número de flor | multiflora |
| tipo | panícula |
| Flor[1] | |
| cor da flor | amarela |
| labelo | inteiro |
| istmo | mais largo que longo |
| lobo do labelo | ausente |
| superfície do labelo | lamelada |
| cunículo | inconspícuo externamente |
Conservação
A espécie faz parte da Lista Vermelha das espécies ameaçadas do estado do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. A lista foi publicada em 13 de junho de 2005 por intermédio do decreto estadual nº 1.499-R.[3]
Distribuição
A espécie é encontrada nos estados brasileiros de Espírito Santo e Minas Gerais.[1] A espécie é encontrada no domínio fitogeográfico de Mata Atlântica, em regiões com vegetação de vegetação sobre afloramentos rochosos.[1]
Notas
Contém texto em CC-BY-SA 4.0 de Menini Neto, L.; Furtado, S.G. Pseudolaelia in Flora e Funga do Brasil.[1]
Referências
- «Pseudolaelia canaanensis (Ruschi) F.Barros». floradobrasil2020.jbrj.gov.br. Consultado em 18 de abril de 2022
- «Pseudolaelia canaanensis». www.gbif.org (em inglês). Consultado em 18 de abril de 2022
- «IEMA - Espécies Ameaçadas». iema.es.gov.br. Consultado em 12 de abril de 2022