Quase estrela

Uma quase-estrela (também chamada estrela-buraco negro) é um tipo hipotético de estrela extremamente massiva que pode ter existido nos primórdios da história do Universo. Diferentemente das estrelas modernas, que são mantidas pela fusão nuclear em seus núcleos, a energia de uma quase-estrela viria de um material dragado por um buraco negro central.[1]

Formação e propriedades

Comparação do tamanho de uma quase-estrela com várias estrelas gigantes conhecidas, incluindo as maiores estrelas conhecidas.

Prevê-se que uma quase-estrela se forme quando o núcleo de uma protoestrela de grandes dimensões entra em colapso, se tornando um buraco negro durante sua formação, e as camadas mais externas são massivas o bastante para absorver a implosão de energia sem ser repelidas para fora (como acontece com as atuais supernovas). Uma estrela desse tipo teria que possuir no mínimo mil vezes a massa do Sol.[2] Estrelas com essas dimensões só poderiam se formar nos primórdios da história do Universo, antes de o hidrogênio e o hélio serem contaminados por elementos mais pesados.

Uma vez que o buraco negro tenha se formado no núcleo da protoestrela, ela continuaria gerando uma grande quantidade de energia radiativa a partir da absorção de material estelar adicional. Essa energia contrabalançaria a força da gravidade do buraco negro, criando um equilíbrio similar àquele que sustenta as estrelas atuais, que geram energia através da fusão nuclear.[3] É previsto que uma quase-estrela tenha um tempo de vida de aproximadamente um milhão de anos, período após o qual o núcleo do buraco negro já se expandira para dezenas de milhares de massas solares. Sugeriu-se que essas buracos negros de massa intermediária sejam a origem dos atuais buracos negros supermassivos. Prevê-se também que as quase-estrelas tenham temperatura superficial comparável à do Sol, mas, com diâmetros de aproximadamente dez bilhões de quilômetros ou mais de sete mil vezes o diâmetro do Sol, cada quase-estrela produziria uma emissão luminosa comparável à de uma pequena galáxia.[2]

Referências

  1. Saplakoglu, Yasemin. «Zeroing In on How Supermassive Black Holes Formed». Scientific American (em inglês). Consultado em 27 de setembro de 2021
  2. Battersby, Stephen (29 de novembro de 2007). «Biggest black holes may grow inside 'quasistars'». NewScientist.com news service
  3. Begelman, Mitch; Rossi, Elena; Armitage, Philip (2008). «Quasi-stars: accreting black holes inside massive envelopes». MNRAS. 387 (4): 1649-1659. Bibcode:2008MNRAS.387.1649B. doi:10.1111/j.1365-2966.2008.13344.x
This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.