Sabino Barroso

Sabino Alves Barroso Júnior (Sabinópolis[nota 1], 27 de abril de 1859Belo Horizonte, 15 de junho de 1919) foi um advogado, jornalista e político brasileiro.[1][2] Foi tio paterno do renomado compositor brasileiro Ary Barroso.

Sabino Barroso

Sabino Barroso
Ministro da Justiça e Negócios Interiores
Período 6 de setembro de 1901
até 15 de novembro de 1902
Presidente Campos Sales
Antecessor(a) Epitácio Pessoa
Sucessor(a) José Joaquim Seabra
Ministro da Fazenda do Brasil
Período 2 de setembro de 1902
até 15 de novembro de 1902
Presidente Campos Sales
Antecessor(a) Joaquim Murtinho
Sucessor(a) José Leopoldo de Bulhões Jardim
Período 15 de novembro de 1914
até 31 de maio de 1915
Presidente Venceslau Brás
Antecessor(a) Rivadávia da Cunha Correia
Sucessor(a) Pandiá Calógeras
66° e 68° Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil
Período 14 de maio de 1909
até 25 de novembro de 1914
Antecessor(a) Carlos Peixoto de Melo Filho
Sucessor(a) Astolfo Dutra Nicácio
Período 6 de julho de 1917
até 6 de julho de 1919
Antecessor(a) Astolfo Dutra Nicácio
Sucessor(a) Astolfo Dutra Nicácio
Dados pessoais
Nome completo Sabino Alves Barroso Júnior
Nascimento 27 de abril de 1859
Sabinópolis[nota 1], MG
Morte 15 de junho de 1919 (60 anos)
Belo Horizonte, MG
Profissão advogado e jornalista

Biografia

Iniciou os estudos no Serro, passando ao seminário de Diamantina e depois ao Caraça, formando-se em direito em 1884, na Faculdade de Direito de São Paulo. Passou a advogar no Serro, filiando-se ao Partido Conservador, pelo qual se elegeu por sucessivos mandatos, como deputado à Assembléia provincial (1886-1887 e 1888-1889), mas sempre mantendo o domicílio no Serro.

Já no primeiro mandato, foi alçado à liderança da maioria e à Presidência da Assembléia, com apenas 27 anos. No segundo mandato, torna-se o líder da minoria conservadora e destaca-se com a proposta de anexação do sul da Bahia a Minas Gerais e na defesa do complexo ferroviário do norte-nordeste do estado, tendo "o Serro como ponto convergente de três estradas de ferro".

Em 1890, funda o jornal O Serro e se elege, já pelo Partido Republicano, deputado ao Congresso Estadual Constituinte, tornando-se o seu secretário. Ali colaborou com eficiência na organização da Constituição de Minas e das suas leis orgânicas. Reelege-se deputado estadual em 1895-98 e senador estadual em 1899.

Torna-se também fundador da Faculdade de Direito de Minas Gerais, em 1892, e de sua primeira revista, em 1894. Continuando a carreira de homem público, elegeu-se deputado federal em 1900, reelegendo-se sucessivamente e ocupando a Presidência da Câmara dos Deputados por longos anos (maio de 1909 a novembro de 1914 e julho de 1917 a julho de 1919).

Foi ministro em três oportunidades: da Justiça e Negócios Interiores (6 de agosto de 1901 a 15 de novembro de 1902) e da Fazenda (2 de setembro a 15 de novembro de 1902), no governo Campos Sales, e novamente da Fazenda (15 de novembro de 1914 a 31 de maio de 1915), no Governo Venceslau Brás.

Sabino, participando durante seguidos anos da poderosa Comissão Executiva do Partido Republicano Mineiro, assim como dos mais importantes órgãos do Congresso Nacional, demonstrou sempre enorme liderança, habilidade política e presença ativa nas principais decisões da nascente República, chegando a ser cogitado para a vice-presidência da nação.

Notas

  1. À época São Sebastião dos Correntes, município do Serro.

    Referências

    1. «Biografia na página oficial do Ministério da Fazenda». Consultado em 19 de janeiro de 2015. Arquivado do original em 19 de janeiro de 2015
    2. Biografia na página do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)


    Precedido por
    Epitácio Pessoa
    Ministro da Justiça
    e
    Negócios Interiores do Brasil

    1901 — 1902
    Sucedido por
    José Joaquim Seabra
    Precedido por
    Joaquim Duarte Murtinho
    Ministro da Fazenda do Brasil
    1902
    Sucedido por
    José Leopoldo de Bulhões Jardim
    Precedido por
    Carlos Peixoto de Melo Filho
    Presidente da Câmara dos Deputados
    1909 — 1914
    Sucedido por
    Astolfo Dutra Nicácio
    Precedido por
    Rivadávia da Cunha Correia
    Ministro da Fazenda do Brasil
    1914 — 1915
    Sucedido por
    João Pandiá Calógeras
    Precedido por
    Astolfo Dutra Nicácio
    Presidente da Câmara dos Deputados
    1917 — 1919
    Sucedido por
    Astolfo Dutra Nicácio


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