Sobrado Grande da Madalena
O Sobrado Grande da Madalena[nota 1] tombado pelo IPHAN, foi inicialmente a casa-grande do Engenho da Madalena, no Recife, Pernambuco, Brasil.[2]
| Sobrado Grande da Madalena | |
|---|---|
![]() Sobrado Grande da Madalena | |
| Tipo | monumento |
| Geografia | |
| Coordenadas | |
| Localização | Recife - Brasil |
História
Sua construção data do século XVII, por Pedro Duro, como prédio de um dos mais importantes engenhos de açúcar de Pernambuco.[3]
Foi utilizado como fortificação durante a invasão holandesa.
Depois o sobrado pertenceu a vários donos, e no século XIX foi residência do Barão de Goiana,[3] um abolicionista que participou na elaboração da Lei Áurea. Nessa época, o prédio passou por várias reformas, quando assumiu a configuração atual.
Também foi residência do Conde da Boa Vista.[4]
Serviu de moradia para, entre outros, o Conselheiro João Alfredo, Presidente do Conselho do Império, um abolicionista de grande influência, a ponto de ter participado na elaboração da Lei do Ventre Livre e na Lei Áurea.[2] Essa característica empresta ao sobrado uma segunda identificação, que é a Casa do Conselheiro João Alfredo[1]
Durante a Segunda Guerra Mundial foi ocupado por uma unidade do Exército Brasileiro.[1]
Depois foi utilizado por empresas particulares, tais como a Cooperativa de Transportes João Alfredo e a Companhia Pernambucana Autoviária Ltda, quando foi utilizado como oficina de reparo de veículos.
Depois passou longo tempo abandonado.[1]
Arquitetura
Em estilo colonial, é revestido de azulejos portugueses.[nota 2][5]
Apresenta janelas em guilhotina no térreo e portas com balcão de grade no primeiro andar.
Tombamento
Por sua história e seu estilo arquitetônico, o Sobrado da Madalena foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.
Utilização
O próprio IPHAN utiliza suas instalações, e ali mantém o escritório da quinta superintendência regional e sua biblioteca.
Também aí está instalado o Museu da Abolição[2] — Centro de Referência da Cultura Afro-Brasileira, único no Brasil a contemplar esta parte da história do negro no país.
Notas e referências
Notas
- Sobrado Grande da Madalena é o nome oficial do prédio, conforme consta em relatório da Controladoria Geral da União.[1]
- O nome azulejo deriva da cor azul, que era utilizada pelos portugueses e espanhóis, por influência árabe.
Referências
- Controladoria Geral da União (2 de setembro de 2014). «Relatório de fiscalização» (PDF). Consultado em 28 de maio de 2022
- «Sobrado Grande da Madalena». Consultado em 28 de maio de 2022
- Infoescola. «Museu da Abolição». Consultado em 28 de maio de 2022
- «Bairro da Madalena carrega em seu nome parte da sua história.». Consultado em 28 de maio de 2022
- FRANCA, RUBEM. Monumentos do Recife. Recife: Governo do Estado de Pernambuco / Secretaria de Educação e Cultura, 1977.
