Tribunal de Contas do Estado de Goiás

O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), com sede em Goiânia, fiscaliza o uso de recursos públicos pela administração pública do estado de Goiás, com o objetivo de assegurar que sejam bem aplicados e evitar irregularidades como fraudes, desvios, desperdício e atos de corrupção.

Tribunal de Contas do Estado de Goiás

Organização
Natureza jurídica Controle externo
Localização
Sede Goiânia, GO
 Brasil
Histórico
Sítio na internet
www.tce.go.gov.br

Qualquer pessoa ou entidade que faça uso de bens públicos do Estado deve prestar contas ao Tribunal. O Tribunal analisa essas contas e determina se os administradores agiram com legalidade, economicidade e moralidade.

Junto ao Tribunal de Contas do Estado funciona o Ministério Público Especial, representado pela Procuradoria Geral de Contas. Em sua função de guarda da lei e fiscal de sua execução, o MP Especial participa de todas as sessões de julgamento e manifesta-se em todos os assuntos sujeitos a decisão do Tribunal.

História

Criado pela Constituição Estadual de 1947, o Tribunal de Contas do Estado de Goiás foi instalado no dia 1º de setembro de 1952 (data considerada como o início, de fato do TCE-GO). Foram nomeados Joaquim Taveira, Carlos Dayrell, Joaquim Gomes Filho e Hegesipo de Campos Meirelles, os três primeiros "juízes" (designação que se dava aos atuais "conselheiros") e o último, "procurador" (atualmente “procurador de contas"). Os primeiros presidente e vice-presidente foram, respectivamente, Joaquim Taveira e Carlos Dayrell.

O Regimento Interno do Tribunal foi aprovado em sessão de 13/02/53. O Tribunal passou a funcionar no prédio nº 4 (hoje 332) da antiga Praça Cívica (hoje Praça Pedro Ludovico Teixeira) no dia 13 de fevereiro de 1953. Em 2016, o TCE-GO mudou-se para a Av. Ubirajara Berocan Leite, Nº 640. Setor Jaó.

Em 1967, o Tribunal teve uma modificação significativa com a aprovação de sua Lei Orgânica e Regimento Interno. Foi uma reestruturação completa, passando o TCE a fiscalizar, inclusive, as sociedades de economia mista, uma medida pioneira em todo o Brasil. Essa legislação foi modificada posteriormente com as novas Constituições Federal (1988) e do Estado (1989), Lei Orgânica (Lei nº 16.168/2007 e alteração) e Regimento Interno (Resolução TC nº 22/2008 e alterações).

Composição

O Tribunal de Contas é composto por sete conselheiros, assessorados por um corpo técnico de cerca de 700 servidores. Sua estrutura organizacional é apoiada nas seguintes diretorias e coordenações: Chefia de Gabinete da Presidência, Secretaria de Controle Externo, Secretaria de Administração e Secretaria Geral.

De acordo com a Constituição Estadual, os conselheiros são escolhidos da seguinte forma: três pelo governador do Estado, com a aprovação da Assembleia Legislativa, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, e quatro pela Assembleia Legislativa. O conselheiro tem mandato vitalício, com aposentadoria compulsória ao completar 75 anos de idade.

Presidentes

Lista dos presidentes do tribunal desde a sua fundação:

Joaquim Taveira1952-1953
Joaquim Gomes Filho1954
Carlos Dayrell1955
Joaquim Taveira1956
Joaquim Gomes Filho1957
Carlos Dayrell1958
Misach Ferreira Júnior1959
Joaquim Gomes Filho1960
Carlos Dayrell1961
Misach Ferreira Júnior1962
Joaquim Gomes Filho1963
Carlos Dayrell1964
Waldyr Castro Quinta1965
Nelson Siqueira1966
Venerando de Freitas Borges / Nelson Siqueira1967
Waldyr Castro Quinta1968-1971
Nelson Siqueira1972
Dyonne Costa1973-1974
Waldyr Castro Quinta1975-1977
José Sebba1978-1979
Nelson Siqueira1980-1983
Nelson Siqueira / Napoleâo da Costa Ferreira1984
Pedro Celestino da S. Filho / Napoleão da Costa Ferreira1985
Nelson Siqueira1986
Napoleão da Costa Ferreira1987
Anísio de Souza1988
Edison Monteiro de Godoy / Antônio Magalhães1989
Enio Pascal1990
José Sebba1991
Frederico Jayme Filho1992
Milton Alves Ferreira1993
Enio Pascoal1994
José Sebba1995
Frederico Jayme Filho1996
Milton Alves Ferreira1997
Antônio Magalhães/Enio Pascoal1998
Eurico Barbosa dos Santos1999
Milton Alves Ferreira2000
Naphtali Alves de Souza2001
Henrique Antônio Santillo/Frederico Jayme Filho2002
Frederico Jayme Filho2003
Carlos Leopoldo Dayrell2004-2005
Sebastião Tejota2006
Edson José Ferrari2007-2008
Gerson Bulhões Ferreira2009-2010
Edson José Ferrari2011-2012
Edson José Ferrari2013-2014
Carla Cíntia Santillo 2015-2016
Kennedy de Sousa Trindade 2017-2018
Celmar Rech 2019-2020
Edson José Ferrari 2021-2022
Saulo Marques Mesquita 2023-2024

Conselheiros

Em 2023, são conselheiros:

  • Kennedy de Sousa Trindade
  • Sebastião Tejota
  • Edson Ferrari
  • Carla Cíntia Santillo
  • Celmar Rech
  • Saulo Marques Mesquita
  • Helder Valin Barbosa

Auditores

O Tribunal de Contas do Estado de Goiás é integrado ainda pelo corpo de auditores, que atua na instrução dos processos em substituição aos conselheiros, em seus afastamentos, como férias e licenças. Em 2023, são auditores do tribunal:

  • Heloísa Helena Antonácio Monteiro Godinho
  • Flávio Lúcio Rodrigues da Silva
  • Cláudio André Abreu Costa
  • Marcos Antônio Borges
  • Humberto Bosco Lustosa Barreira
  • Henrique Veras

Ministério Público Especial

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado é representado pela Procuradoria Geral de Contas (Constituição Estadual, arts. 7º e 8º).

Procuradores

Em 2023, são procuradores junto ao tribunal

  • Maísa de Castro Sousa Barbosa
  • Eduardo Luz Gonçalves
  • Fernando dos Santos Carneiro
  • Silvestre Gomes dos Anjos
  • Carlos Gustavo Silva Rodrigues

Nepotismo

Em 2001, A Revista Isto é publica matéria denunciando nepotismo no Tribunal de Contas de Goiás.[1]

No dia 11 de Setembro de 2012, foi protocolizada pelo Ministério Público Federal em atuação conjunta ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas de Goiás representação em face do nepotismo presente em tal Corte de Contas.

Seis dos sete conselheiros (Edson Ferrari, Carla Santillo, Gérson Bulhões, Kennedy Trindade, Sebastião Tejota, Milton Alves Ferreira) mantinham parentes em cargos em comissão.O único conselheiro que não mantinha tal prática era Celmar Rech.[2][3]

[4] Em 2014, ou seja, a quase 2 anos desde o início do trâmite processual, a representação ainda encontra-se estacionada no TCE, tendo, inclusive, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas impetrado Mandado de Segurança para que haja a redistribuição do processo.[5][6][7][8]

Referências

Ver também

Ligações externas

This article is issued from Wikipedia. The text is licensed under Creative Commons - Attribution - Sharealike. Additional terms may apply for the media files.