Economia dos Países Baixos
A economia dos Países Baixos tem como características as relações industriais estáveis, um baixo desemprego, um expressivo superavit na balança comercial, e ser também um importante centro comercial da Europa.[5] Tendo sido um dos grandes centros da economia mundial no século XVII, o país tem sido bastante próspero desde então, ainda que a posição tenha sido perdida para a Inglaterra no curso do século XVIII. Atualmente, algumas companhias neerlandesas se tornaram grandes multinacionais, como a petrolífera Royal Dutch Shell, que tem como coproprietário o Reino Unido, o banco ABN AMRO, a empresa de eletrônica de consumo Philips, a cervejaria Heineken, a empresa anglo-neerlandesa de bens de consumo Unilever e a empresa aérea KLM.
| Economia dos Países Baixos | |
|---|---|
![]() Economia dos Países Baixos | |
| Moeda | Euro |
| Ano fiscal | Ano calendário |
| Blocos comerciais | OMC, União Europeia, OCDE |
| Banco Central | De Nederlandsche Bank |
| Estatísticas | |
| PIB | |
| Variação do PIB | |
| PIB per capita | $49,760 (2018) |
| PIB por setor | agricultura 2,6%, indústria 24,9%, comércio e serviços 72,4% (2010) |
| Inflação (IPC) | |
| População abaixo da linha de pobreza |
5% (2017) |
| Coeficiente de Gini | 25,1 (2013) |
| Força de trabalho total | |
| Força de trabalho por ocupação |
agricultura 2%, indústria 18%, comércio e serviços 80% (2005) |
| Desemprego | |
| Principais indústrias | agroindústria, produtos de metal e de engenharia, máquinas e equipamentos elétricos, produtos químicos, petróleo, construção civil, microeletrônica, pesca |
| Exterior | |
| Exportações | $528,2 bilhões (2016) |
| Produtos exportados | máquinas e equipamentos, produtos químicos, combustíveis, alimentos |
| Principais parceiros de exportação |
|
| Importações | $429,5 bilhões (2016) |
| Produtos importados | máquinas e equipamentos de transporte, produtos químicos, combustíveis, alimentos, roupas |
| Principais parceiros de importação |
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| Finanças públicas | |
| Dívida pública | |
| Receitas | €331,8 bilhões (2019) |
| Despesas | €317,7 bilhões (2019) |
| Ajuda económica | doada: n/d |
| Fonte principal: The World Factbook Salvo indicação contrária, os valores estão em US$ | |
A economia dos Países Baixos é aberta, e o governo tem reduzido o papel que nela desempenha desde os anos 80. A atividade industrial desenvolve-se predominantemente no processamento alimentar, nas indústrias químicas, no refinamento de petróleo e em maquinaria eléctrica. Um setor agrícola altamente mecanizado emprega apenas cerca de 2% da mão de obra mas gera grandes excedentes para a indústria alimentar e para a exportação.[5] O país situa-se na terceira posição mundial no valor das exportações agrícolas, atrás dos Estados Unidos e da França. Os países baixos foram bem sucedidos em resolver os problemas das finanças públicas e da estagnação do crescimento do emprego muito antes dos seus parceiros europeus.
Como membro fundador do Euro, os Países Baixos substituíram a sua anterior moeda, o florim, a 1 de Janeiro de 1999, em simultâneo com os outros fundadores da moeda europeia, com as atuais moedas e notas de euro a entrar em circulação a 1 de janeiro de 2002.
Depois de 26 anos de contínuo crescimento, a economia do país - que é muito aberta e dependente do comércio exterior e dos serviços financeiros - sofreu uma retração de 3,9% em 2009, e simultaneamente suas exportações caíram 25% devido a uma aguda retração na demanda internacional. Em 2010 o país voltou a crescer 1,7%.[5] São os sétimos no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial.[6]
Setores
Agricultura
Os Países Baixos produziram, em 2018[7]:
- 6,5 milhões de toneladas de beterraba, que serve para produzir açúcar e etanol;
- 6,0 milhões de toneladas de batata (10º maior produtor do mundo);
- 1,2 milhões de toneladas de cebola;
- 961 mil toneladas de trigo;
- 910 mil toneladas de tomate;
- 538 mil toneladas de cenoura;
- 410 mil toneladas de pepino;
- 402 mil toneladas de pera;
- 355 mil toneladas de pimenta;
- 300 mil toneladas de cogumelo e trufa;
- 295 mil toneladas de alface;
- 269 mil toneladas de maçã;
- 247 mil toneladas de cevada;
Além de produções menores de outros produtos agrícolas.[8]
Os Países Baixos, no entanto, são o 3º maior importador de produtos do Brasil. O país revende produtos agrícolas do Brasil a preços mais caros para o mercado Europeu, que é altamente protecionista e fechado.
Referências
- «World Economic Outlook Database, October 2019». IMF.org. International Monetary Fund. Consultado em 16 de outubro de 2019
- «Labor force, total - Netherlands». data.worldbank.org. World Bank. Consultado em 1 de novembro de 2019
- «Unemployment by sex and age - monthly average». appsso.eurostat.ec.europa.eu. Eurostat. Consultado em 23 de dezembro de 2019
- The World Factbook. Consultado em 3 de abril de 2011
- The Global Competitiveness Index 2011-2012 rankings
- Netherlands production in 2018, by FAO
- France production in 2018, by FAO

