Ramessés XI
Ramessés XI[1] foi o décimo e último faraó da XX dinastia egípcia do Império Novo. Governou entre cerca de 1099 e 1070 a.C.
| Ramessés XI | |
|---|---|
![]() Ramessés XI | |
| Nascimento | século XII a.C. |
| Morte | 1077 a.C. Tânis |
| Sepultamento | Vale dos Reis, KV4 |
| Cidadania | Antigo Egito |
| Progenitores | |
| Cônjuge | Tentamun |
| Filho(a)(s) | Nodjmet, Duathathor-Henuttawy, Tentamun |
| Ocupação | soberano |
| Título | faraó |
No décimo ano do seu reinado teve que combater uma tentativa de golpe de Estado protagonizada pelo sumo sacerdote de Amon, Amen-hotep, que já na época de Ramessés IX surgira representado no templo de Carnaque com o mesmo tamanho que o faraó (algo que ia contra os padrões da arte egípcia e que aponta para o crescente poder dos sacerdotes de Amon). Ramessés XI garantiu a derrota do sacerdote com o recurso a mercenários líbios e a tropas vindas do sul, lideradas por Panehsi, vice-rei da Núbia. Alguns dos homens que combateram Amen-hotep, como Herihor, adquiram grande importância no Egito. Este último tornou-se o novo sumo-sacerdote de Amon e no décimo nono ano do reinado de Ramessés XI cria uma nova datação, Uhem-mesut ("Repetição do nascimento"), desta forma inserindo uma nova era na idade faraónica.
Após a morte de Ramessés XI, o seu vizir, Smendes, residente em Pi-Ramessés (Baixo Egito), viria a fundar a XXI dinastia, com capital em Tânis, dando início ao Terceiro Período Intermediário.
O túmulo de Ramessés foi escavado no Vale dos Reis (KV 4), mas não chegou a ser concluído e pensa-se que nem sequer foi utilizado para sepultar o faraó. Encontrava-se aberto na Antiguidade, possuindo inscrições gregas, romanas e coptas. A múmia deste soberano não foi ainda encontrada.
Titulatura
| Nome de Sa-Rá | ||||||||||||||||||||||
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| Hieroglifo | ||||||||||||||||||||||
| Transliteração | (ASCII) | ra-msi-sw xai-m-wAst mri-imn nTr-HqA-iwnw | ||||||||||||||||||||
| Transcrição | Ramessessu Khaimwaset Meriamun Netcher Hekaiunu | |||||||||||||||||||||
| Tradução | "Criado de Rá. Aquele que surge em Tebas. O senhor de Heliópolis, amado por Amon." | |||||||||||||||||||||
| Nome de Nesut-bity | |||||||||||||||||
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| Hieroglifo | |||||||||||||||||
| Transliteração | (ASCII) | mn-mAat-ra stp.n-ptH | |||||||||||||||
| Transcrição | Menmaat-rá Setepenptah | ||||||||||||||||
| Tradução | "A justiça de Rá é eterna. O eleito de Ptah." | ||||||||||||||||
| Nome de Hórus | ||||||||||||||||
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| Hieroglifo |
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| Transliteração | (ASCII) | kA-nxt mri-ra | ||||||||||||||
| transcrição | Kanakht Meri-rá | |||||||||||||||
| Tradução | "Touro poderoso amado de Rá." | |||||||||||||||
| Precedido por Ramessés X |
Faraó XX dinastia |
Sucedido por Smendes |
- Brancaglion, Antônio. Tempo, matéria e permanência: o Egito na Coleção Eva Klabin Rapaport. Rio de Janeiro: Casa da Palavra. p. 63-64
