Equipe brasileira na Copa Davis

A equipe brasileira na Copa Davis,oficialmente Time Brasil BRB por questões de patrocínio[2], representa o Brasil na Copa Davis, principal competição de tênis masculina por equipes do mundo. É administrada pela Confederação Brasileira de Tênis.

Brasil
Associação: Confederação Brasileira de Tênis
Capitão: Jaime Oncins
ITF Ranking: 19º (jul/2017)[1]
Cores: Amarelo e Azul
         
Divisão atual: Qualifiers
1.ª participação: 1932
Edições disputadas: 65
Títulos: 0
Finais: 0
Participações no
Grupo Mundial:
13 (6-13)
Jogador com mais vitórias: Thomaz Koch (74-44)
Mais vitórias - Simples: Thomaz Koch (46-32)
Mais vitórias - Duplas: Thomaz Koch (28-12)
Melhor equipe de Duplas: Edison Mandarino / Thomaz Koch (23-9)
Jogador com mais jogos disputados: Thomaz Koch (44)
Jogador com mais séries disputadas: Thomaz Koch (16)

Última convocação

Pelos Qualifiers, contra a Suécia, em fevereiro de 2024.[3]

História

Fez sua estréia em 1932, com Ricardo Pernambuco, Ivo Simons, Nélson Cruz, Inácio Nogueira, Humberto Costa e Roberto Whately, desclassificados na final da Zona Americana pelos Estados Unidos.

Em 1935, consegue sua primeira vitória, sobre a Seleção Uruguaia.

Até 1966, os brasileiros não conseguiram nenhuma vitória expressiva. A partir desse ano, o Brasil passa ser mais respeitado internacionalmente. Thomaz Koch e José Edison Mandarino levam o Brasil às finais do interzonal da Copa Davis de 1966 contra a Índia, mas perde em Calcutá.

O mesmo acontece na Copa Davis de 1971, quando o Brasil deixou de disputar a final contra os Estados Unidos ao perder para a Romênia. Individualmente Thomaz Koch é o brasileiro que mais se destacou, sendo o sétimo jogador em número de vitórias em toda a história da competição.

Desde que o Grupo Mundial foi instituído, em 1981, o Brasil disputou 25 confrontos e ganhou nove, oito deles em casa, sendo três pela rodada de repescagem. A única vitória fora veio contra a Espanha, em 1999.

Os melhores resultados foram as semi finais alcançadas em 1992 e 2000. Em 1992, liderado por Luiz Mattar e Jaime Oncins, chegou a semi-final após vencer sete confrontos seguidos - sua mais expressiva série de vitórias - incluindo a Alemanha de Boris Becker e a Itália - no Rio de Janeiro e em Maceió. Foi derrotado pela Suíça em Genebra.

Em 2000, com Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni como os principais jogadores, voltou a semi-final, onde foi derrotado para a Austrália.

Entre 1997 e 2003, o Brasil foi presença marcante no Grupo Mundial da Davis, por conta do protagonismo de Guga. Depois da aposentadoria do melhor tenista da história do País, o time brasileiro oscilou e só voltou ao Grupo Mundial em 2013.[4]

Resultados (desde 1990)

ZonaPos.9091929394959697989900010203040506070809101112131415161718
Grupo
Mundial
Campeão
Finalista
Semi-finalista
Quadrifinalista
Primeira-Fase
Zonal das Américas
Grupo I
Grupo II
Grupo IIIxx
Grupo IVxxxxxxxxxxxxxx

Estatísticas

Desde que o Grupo Mundial foi instituído, em 81, o Brasil disputou 25 confrontos e só ganhou nove, oito deles como sede, sendo três pela rodada de repescagem.[5]

O tabu de nunca ter vencido como visitante caiu diante da Espanha, na primeira rodada de 99, mas o duelo foi no saibro.[5]

São 51 vitórias em 118 jogos pelo Grupo Mundial, ou seja, 43,2% de rendimento. Dessas vitórias, apenas 14 não foram no saibro. Nesse piso, o Brasil ganhou 37 de 63 jogos e, em tapete, só vencemos 12 de 45 partidas. Outros cinco jogos aconteceram na grama e perdemos todos eles.[5]

Na condição de visitante, o Brasil tem números muito ruins: só ganhou 12 de 51 jogos de simples e quatro de 13 partidas de duplas, ou seja, um total de 16 de 63 jogos.[5]

Quando atuou como sede, o Brasil perdeu apenas um jogo de duplas desde 81. A invencibilidade de dez jogos consecutivos foi quebrada no duelo diante da Austrália, em 2001, em Florianópolis. No saibro caseiro, o time nacional venceu 33 de 50 partidas.[5]

Equipe
  • Maior sequência de vitórias: 6 (abril de 1990 - setembro de 1992. Vitória sobre o Chile, Peru, Uruguai, Índia, Alemanha e Itália - os dois últimos válidos pelo Grupo Mundial)
  • Maior vitória: 5-0 nos jogos, 13-0 sets, 76-18 games (contra a equipe de Antilhas Holandesas, 2005)
  • Disputa mais longa: 16 horas e 30 minutos (Brasil x Equador 2:3, 2009)
  • Jogo mais longo: 6 horas e 42 minutos (Argentina Leonardo Mayer vs. Brasil João Souza 7-6(7-4), 7-6(7-5), 5-7, 5-7, [15-13] em 2015)
Individuais
  • Mais participações (anos) - 16 (Thomas Koch)
  • Maior número de jogos - 118 (Thomas Koch, 74-44)
  • Maior número de vitórias - 74 (Thomas Koch, 74-44)
  • Maior número de vitórias individuais - 46 (Thomas Koch, 46-32)
  • Maior número de vitórias como duplista - 28 (Thomas Koch, 28-12)
  • Dupla mais bem sucedida - Thomas Koch / Edison Mandarino (23-9)
  • Jogador mais jovem - 16 anos e 151 dias (Fernando Roese, 24 de setembro de 1965)
  • Jogador mais velho - 36 anos e 144 dias (Thomas Koch, 2 de outubro de 1981)
Do torneio
  • 1981 - Carlos Kirmayr anotou o recorde de games (40) para um set em jogos de simples no Grupo Mundial, ao bater o alemão Uli Pinner por 6/2, 11/13, 21/19 e 6/3. Este é também o oitavo jogo mais longo de todos os tempos em número de games, com 81.
  • 2003 - Gustavo Kuerten anotou 47 aces diante do canadense Daniel Nestor, na repescagem do Grupo Mundial de 2003, recorde em toda a história.

Melhores desempenhos individuais

Jogador V/D Total V/D Simples Confrontos Anos
Thomaz Koch74-4446-324416
Edison Mandarino68-4141-314315
Carlos Kirmayr34-2217-152814
Gustavo Kuerten34-1821-112311
Cássio Motta28-2113-162711
Carlos Fernandes25-1516-10168
Jaime Oncins23-1412-82511
Luiz Mattar20-1816-15209
Ronald Barnes16-177-13148
André Sá14-104-4189
Fernando Meligeni13-1613-161910
Armando Vieira13-1110-595
Thomaz Bellucci14-713-7127
  • Fonte:TenisBrasil[5]
  • Dados atualizados até 2011

As quatro grandes campanhas do Brasil na Davis

Até a criação do sistema de acesso e descenso, em 81, que vigora até hoje, as melhores campanhas brasileiras foram em 66 e 71, quando chegou à semifinal internacional (a vitória permitiria jogar pelo título com o campeão do ano anterior, que não disputava as eliminatórias e só fazia a final da Copa).[6]

Depois de 81, os principais resultados são duas presenças em semifinais: Em 92, e em 2000.[6]

1966 (com Thomaz Koch, Edson Mandarino e Luís Felipe Tavares)
  • Dinamarca 0 x 5 Brasil
  • Espanha 2 x 3 Brasil
  • Polônia 1 x 4 Brasil
  • França 1 x 4 Brasil
  • Brasil 3 x 2 EUA
  • Índia 3 x 2 Brasil
1971 (com Thomaz Koch, Edson Mandarino, Luís Felipe Tavares e Carlos Kirmayr)
  • Brasil 4 x 1 Equador
  • Brasil 3 x 2 Chile
  • Brasil 3 x 2 México
  • Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia
  • Romênia 3 x 2 Brasil
1992
Ano Fase Data Equipe Local Adversário Placar Resultado
1992 Grupo Mundial, 1a Fase 2 a 4 de fevereiro Luiz Mattar
Jaime Oncins
Cássio Motta
Fernando Roese
Brasil Rio de Janeiro  Alemanha 3–1 Vitória
Grupo Mundial, Quartas-de-finais 29 a 31 de março Brasil Maceió  Itália 3–1 Vitória
Grupo Mundial, Semi-finais 27 a 29 de setembro Suíça Genebra Suíça 0–5 Derrota
2000
Ano Fase Data Equipe Local Adversário Placar Resultado
2000 Grupo Mundial, 1a Fase 6 a 8 de fevereiro Gustavo Kuerten
Fernando Meligeni
Jaime Oncins
Francisco Costa
André Sá
Brasil Florianópolis  França 4–1 Vitória
Grupo Mundial, Quartas-de-finais 9 a 11 de abril Brasil Rio de Janeiro  Eslováquia 3–2 Vitória
Grupo Mundial, Semi-finais 16 a 18 de julho Austrália Brisbane  Austrália 0–5 Derrota

Honrarias

  • Thomas Koch e Edson Mandarino formaram a 3ª melhor dupla de todos os tempos na Davis, totalizando 23 vitórias e apenas 9 derrotas.[7]

Ver também

Referências

  1. ITF Ranking
  2. «Sorteios definem adversários do Time Brasil BRB na Billie Jean King Cup e Copa Davis - Confederação Brasileira de Tênis». cbt-tenis.com.br. Consultado em 20 de janeiro de 2024
  3. «João Fonseca é convocado pela primeira vez para a Copa Davis - Confederação Brasileira de Tênis». cbt-tenis.com.br. Consultado em 20 de janeiro de 2024
  4. esporte.ig.com.br/ Em desvantagem, Brasil se inspira em feito de Guga para bater Espanha na Davis
  5. tenisbrasil.uol.com.br/ Brasil na Davis
  6. uol.com.br/ Melhores campanhas do Brasil na Copa Davis
  7. portalsaofrancisco.com.br/ O Brasil na Copa Davis

Ligações externas

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